O MENSALÃO E O PT

Mensalão é uma palavra maldita para o PT. A rigor, ela não está no vocabulário petista e mesmo sendo difundida e já inserida no jargão dos políticos e da imprensa, a ordem no partido é evitar que a mesma seja pronunciada. E há razões para o banimento verbal daquilo que foi definido como a compra de parlamentares para a formação de um bloco governamental de sustentação do governo Lula.

Depois de sete anos da denúncia inicial do então deputado Roberto Jefferson (hoje um dos réus em julgamento), o mensalão rachou o PT pelo meio. Ficou para trás aquela ética que balizou o programa doutrinário petista que o definia como um partido diferente, puro, pronto para governar o Brasil. Descoberto o mensalão, a porção ética sumiu e prevaleceu a cota da esperteza que tinha até um dicionário próprio: caixa dois passou a ser “recurso não-contabilizado”.

É esse sistema mafioso que está em julgamento no STF e que tão bem ficou definido na acusação do procurador-geral Roberto Gurgel. Aquele PT que durante 25 anos pregava a pureza ética e a moral política quando foi flagrado pela ação “criminosa” de José Dirceu – está na acusação da PGR, como chefe da quadrilha de 38 pessoas (hoje, menos Luis Gushiken e Antonio Lamas, logo, 36 acusados) – passou a dizer que fazia apenas o que os outros partidos também faziam.

Nesta semana está em andamento a defesa dos acusados e seus advogados tentarão retirá-los do processo cada qual do seu jeito com seus argumentos alegando desconexão com o mensalão. No entanto, nem mesmo Márcio Thomaz Bastos, uma liderança dos advogados de defesa, esperava uma acusação tão bem elaborada, cujo cerne do libelo de Roberto Gurgel é a demonstração de vários crimes que se interligavam para um crime de lesa-pátria que resultou na compra de parlamentares federais e abastardou o Congresso Nacional.

Tinham seus motivos aquelas pessoas que tentaram armar uma campanha de desmoralização do procurador Roberto Gurgel quando ele não fez as denúncias solicitadas pela Polícia Federal, em 2009, na Operação Monte Carlo, onde aparecia o nome do senador Demóstenes Torres.

Os motivos estão aí e foi o próprio Roberto Gurgel quem os identificou. As acusações eram apenas o “medo do julgamento do mensalão”. E se Demóstenes Torres não foi denunciado em 2009, segundo Gurgel é por que “uma denúncia prematura ao STF poderia não ter dado todos os detalhes do envolvimento do senador no esquema comandado pelo contraventor Carlinhos Cachoeira”.

SEM CRACK NAS FAVELAS (1)

Um traficante identificado como Rodrigo, de Antares, reconhece os lucros com a venda de crack, mas diz que a comercialização está suspensa no local para evitar os problemas que a droga ocasiona. “O crack traz muita destruição para nossa comunidade, por isso não estamos mais vendendo. Os viciados roubam casas, se matam por nada dentro da favela. Nós queremos evitar isso, então deixamos de vender”, declarou.

SEM CRACK NAS FAVELAS (2)

A entrevista foi divulgada pela rede árabe Al-Jazeera, onde traficantes das favelas Mandela e Antares, no Rio de Janeiro (RJ), afirmam que estão parando de vender crack nas comunidades. A matéria, assinada pelo jornalista Gabriel Elizondro, aborda o problema das drogas no Brasil e, principalmente, nas favelas cariocas.

DEPOIS DA ELEIÇÃO

Parece que se confirma a intenção do governo federal em reformar as leis regem os contratos de trabalho e a previdência social. A data estabelecida pelo Planalto é para depois das eleições.

VAI MELHORAR?

Tudo indica que as pressões vindas do setor empresarial foram ouvidas em Brasília e os encargos na folha de pagamento das empresas vão baixar visando reduzir o custo do produto industrializado brasileiro. Os benefícios serão sentidos, especialmente, pelos os nossos exportadores.

APOSENTADORIAS

Poderá cair o fator previdenciário e as aposentadorias serão por idade. Mulheres as partir dos 60 anos e homens dos 65 anos.

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