Médicos Cirurgiões podem deixar de atender na Santa Casa em setembro

Com a demissão de três dos sete profissionais, o grupo restante entregou a carta de demissão para a direção, mas admite voltar atrás caso os demitidos sejam “todos” recontratados

Hospital poderá ficar sem os serviços de cirurgias de urgência e emergência, além de cirurgias eletivas, a partir do próximo dia 22 de setembro

Mais um impasse no processo de recuperação da Santa Casa de Misericórdia, desta vez envolvendo a direção do hospital e os cirurgiões. O grupo, inicialmente formado por sete profissionais, desde a reabertura da Santa Casa de Misericórdia de Sant’Ana do Livramento, em março de 2010, depois de ter permanecido com as portas fechadas durante cinco meses, foi reduzido, em uma medida que provocou a reação imediata dos colegas. Com a ameaça de paralisação das cirurgias de urgência e emergência, a direção agora terá que correr contra o tempo para encontrar uma solução para o impasse. Na manhã de ontem, o médico cirurgião Carlos Moura, profissional que atua na Santa Casa há cerca de trinta anos e faz o papel de mediador nas negociaões entre a categoria e a direção do hospital, disse que os profissionais estão esperando por uma decisão, já que até o momento não houve aceno neste sentido. “Éramos sete médicos, e de repente o grupo ficou reduzido para quatro”, disse.

Impasse

“A direção da Santa Casa até aceita recontratar dois dos três colegas que foram demitidos, mas esbarramos no impasse quando um dos nomes foi vetado. Dessa forma, entregamos a nossa carta de demissão e exigimos que este colega que ficaria de fora da lista seja novamente contratado. Nosso prazo se extingue no dia 22 de setembro e esperamos que até lá a direção consiga chegar a uma proposta”, disse Moura. Segundo o médico, os cirurgões que foram demitidos cumpriam todas as determinações e conseguiam fazer todos os plantões conforme o acordo que havia sido fechado no momento de reabertura da Santa Casa. “Temos um novo colega que foi contratado e, caso os outros três voltem, ficaríamos com um grupo de oito profissionais, número este que é suficiente para formar quatro equipes e atender a todas as cirurgias, tanto urgência e emergência, quanto as eletivas.

Além disso, na nossa proposta, apresentamos a possibilidade de reduzir o valor da hora paga, que era de pouco mais de R$ 36,00 (trinta e seis reais), para R$ 30,00 (trinta reais). Ou seja, agora a questão é somente esse nosso colega que a direção não admite recontratar, juntamente com os outros dois que foram demitidos”, contou ele. Procurado para comentar o processo e a decisão dos cirurgiões de não mais realizar os procedimentos cirúrgicos na Santa Casa de Misericórdia, o atual administrador, José Milton da Rosa, não foi localizado. Por telefone, a reportagem de A Plateia foi informada que o mesmo não se encontrava na cidade e deverá retornar a Livramento somente nesta segunda-feira.

Todos os quatro médicos que restaram, e que ainda trabalham no hospital, já entregaram a carta de demissão para a direção da Santa Casa de Misericórdia, e dizem que esperam pela apresentação de uma contraproposta.

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4 Comentários

  1. julia

    Mais uma vez , a saúde em segundo e terceiro plano , pois se os médicos que foram demitidos e os médicos q estão em carta de demissão , cumpre e cumpriu as metadas dasanta casa e da prefeitura , porque será q, ainda estamos tendo uma fila enorme de cirurgias a ser realizadas?Gente vamos parar de olhar pararo proprio umbigo, e vamos rezolver os problemas da nossa população q é isso q interessa…

  2. gilmardarosa

    Sinceramente, se fosse o gestor público faria ouvidos”moucos a este pretenso conflito “médico/administrativo”. A comunidade santanense e os “meios de comunicação tem o dever de esclarecer isso”, devem entender que a “Santa Casa” é um “HOSPITAL PRIVADO”, é uma empresa. Não se trata de um hospitál publico como equivocamente é tratado. É uma empresa falida desde muito tempo, do ponto de vista “público” é um saco de sem fundo, seria irresponsável injetar mais recursos púbblicos nele. Esta empresa deve ser fechada, vez que não atende nem mesmo demandas trabalhistas, não recolhe sequer o “fundo de garantia de seus funcionários”. Espero que o próximo prefeito tenha esta clareza e não se deixe dobrar pela “ameaça” do fechamento do nosôcomio. Já deveria ter fechado as portas há tempos.

  3. edinson

    Povo santanense, enquanto estivermos com estas administrações de pequeno porte, vamos cada vez mais fundo ao buraco. è uma vergonha nossas ruas, a saúde, afalta de iluminação… não sei como essas pessoas tem a cara de pau de na ´epoca de eleiç~oes baterem nas nossas portas e pedirem votos.Vamos nos concientizar que temos que fazer uma mudança radical em todos os setores competentes.Na hora do voto, não vá atrás de ilusoes e coisas futeis.

  4. paiva

    Esse prefeito ao longo dos anos é o  único que conseguiu , e vai conseguir de novo fechar a santa casa! Livramento só tem buraco, o DAE quebrado por sucessivas gestões d CCs que nada entendem de água e administração, não temos tratamento de esgoto, porém temos um tratorzinho pra cortar a grama,  que beleza.

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