MALANDRAGEM INGÊNUA

Será que a “musa” (ainda tem o título?) da CPI do Cachoeira, Andressa Mendonça, acreditou que poderia chantagear o juiz federal Alderico da Rocha Santos, encarregado do processo contra seu marido, Carlinhos Cachoeira, na 11ª Vara Federal de Goiânia?

O encontro de Andressa com o juiz Alderico ocorreu na semana passada, na última quinta-feira, mas o caso chegou ao conhecimento público nesta segunda-feira quando o magistrado revelou a tentativa de chantagem por parte de Andressa.

Ontem (terça-feira), Andressa Mendonça depositou em juízo R$ 100 mil para evitar a sua prisão, conforme decidiu o juiz Alderico da Rocha Santos quando relatou o encontro da semana passada ao Ministério Público Federal. Se não pagasse a fiança, Andressa seria presa.

Mas quem é mesmo essa mulher que até a semana passada era apenas a companheira apaixonada de Carlinhos Cachoeira lutando pela libertação do amado? O mistério desmanchou-se com a denúncia do juiz que disse ter como prova uma folha de papel com os nomes de três amigos seus, escritos por Andressa. Os três estariam relacionados num dossiê contra o juiz Alderico.

A chantagem, tosca e ingênua, envolveria uma troca: “O senhor solta o meu marido que eu não divulgo o dossiê”. Quando Andressa falou pela primeira vez à imprensa, ela lamentou que o seu marido, um inocente, fora envolvido pela politicagem goiana e agora estava preso, longe da família e de seus negócios decentes.

Na verdade, a jovem senhora já estava representando o seu papel dentro do quadro criminoso construído por Carlinhos Cachoeira no papel de mensageira da quadrilha. Talvez ela tenha gostado de afrontar a Justiça quando fez juras de amor durante o último depoimento de seu marido na mesma Vara Criminal onde tentou chantagear o juiz.

Quem acompanha o caso ainda se lembra do deboche de Carlinhos Cachoeira que respondeu a pergunta sobre seu estado civil dizendo que vivia uma situação difícil. “É só o Ministério Público me liberar que eu caso no primeiro dia”. Em seguida trocou juras de amor, ao vivo, com Andressa que estava logo atrás, na primeira fila da sala de audiências.

De todo o episódio da tentativa de chantagem fica somente uma dúvida: por que o juiz Alderico da Rocha Santos não deu voz de prisão imediatamente após Andressa ter-lhe feito a proposta sobre um possível dossiê que estaria com ela?

ACAREAÇÃO

A Polícia Federal já programou para a próxima semana a acareação entre Andressa Mendonça e o juiz Alderico da Rocha Santos. Frente a frente, o que fará Andressa? Vai confirmar a chantagem? Vai chorar melodramaticamente/ Ao juiz caberá mostrar o papel com os nomes que estariam no dossiê escritos de próprio punho por Andressa.

AUDÁCIA

A procuradora federal de Goiás, Lea Batista, referindo-se à audácia de Andressa ameaçando o um juiz federal mostra que o grupo de Cachoeira “continua ativo” mesmo após a sua prisão.

ABANDONO DA CAUSA

O advogado e ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos não é mais o advogado de Carlinhos Cachoeira. Sua desistência é motivada pela ação criminosa de Andressa Mendonça ao tentar chantagear o juiz Alderico da Rocha Santos.

NA CPI (1)

Na próxima terça-feira, dia 7, Andressa Mendonça vai prestar depoimento na CPI que investiga as atividades criminosas de seu marido, Carlinhos Cachoeira. Ela vai enfrentar não mais alguns elogios estéticos dos parlamentares, mas perguntas difíceis de serem respondidas. Sua imagem de musa acabou. Agora é somente mais uma integrante da quadrilha de Cachoeira.

NA CPI (2)

Com a situação bem complicada, Andressa talvez tenha o mesmo comportamento de outros que já passaram pela CPI. Não duvidem se ela se valer do silêncio constitucional deixando de responder todas as perguntas dos membros da CPI.

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