Alguém precisa ver isso já

Sábado passado, pouco após as 7h45. Na avenida Tamandaré, no trecho de estacionamento junto ao parque Internacional, que fica defronte à convergência para a rua Hugolino Andrade, algumas motocicletas com placas uruguaias, estacionadas, com uma equidistância guardada.

Ontem, 14 de julho. Pouco após as 8h30, ônibus estavam estacionados naqueles espaços. São os turistas que dirigem-se à Fronteira para fazer compras em Rivera.

Até aí, nada de anormal.

A gente é que pensa.

Cidadão transitando naquelas imediações ficou sabendo que tem alguns espertalhões que estão ganhando alguns pilas com um serviço que não é regularizado. Pelo menos, no mínimo, a prefeitura municipal não tem informação de que esteja ocorrendo e como a área urbana de estacionamento é espaço público, se a prefeitura não tiver conhecimento e autorizar, está consignada a ilegalidade e a irregularidade.

Funciona assim: nas primeiras horas da manhã, a partir das 5h30, 6h, aproximadamente, alguns uruguaios estacionam motocicletas com placas uruguaias naquele espaço do Parque, usando de outro expediente irregular – colocam caixas de papelão como a marcar a área, distando entre elas poucos metros, com a finalidade de obstruir as eventuais tentativas de estacionamento de algum motorista. Como os ônibus de turismo chegam entre 6h45 e 8h da manhã, estes “guardadores de espaço” não deixam qualquer um estacionar na margem do parque Internacional pela Tamandaré, até que cheguem os ônibus.

Motivo?

Eles cobram dos condutores das vans, ônibus de excursões e outros veículos particulares, valores que variam muito, mas nunca são menos de R$ 10,00, pelo espaço.

É completamente inimaginável.

Uruguaios, em território brasileiro, cobrando quantias descabidas pela locação temporária de um espaço público?

Mas o que é isso?

Estacionamento rotativo privado informal?

O absurdo mor. Ultrapassando todo e qualquer limite da incompatibilidade com o que a cidadania deseja.

E o mais interessante é que depois de faturarem um bom dinheiro ao longo desses trechos da manhã, simplesmente desaparecem. Há relatos, inclusive, de ameaças feitas a pessoas que tentaram estacionar nas imediações.

A municipalidade tem a obrigação de se fazer presente nas manhãs de sábado, naquelas imediações. A Guarda Municipal de Trânsito, ao que se saiba, é a única composição adequada para ordenar e regular procedimentos do gênero.

Tudo bem que a integração tem sua plenitude em Sant’Ana do Livramento, porém, vale salientar que excessos não podem ser tolerados. Há uma legislação, que é muito clara e precisa ser cumprida.

Os espaços públicos precisam ser ocupados pela cidadania, dentro de um preceito de liberdade e gratuidade, independente de qualquer outro elemento. As pessoas precisam se apropriar do que é delas, até mesmo para evitar que tais áreas públicas sejam ocupadas e devidamente aproveitadas em seu lazer, entretenimento, diversão, atividades familiares, entre outras, salutares.

Que sejam tomadas as providências. Para mais informações sobre os fatos narrados, basta circular pelas imediações do Parque Internacional nas manhãs de sábado, cedo, ou ainda conversar com as pessoas que naquelas imediações exercem atividades ou, ainda, que sejam questionados os motoristas dos ônibus.

E, por fim, fale a frase título deste Editorial. Releia.

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