Escolas têm autonomia para decidir sobre ingresso de vendedores no ambiente escolar

Pais devem negociar diretamente com vendedores e cercar-se de garantias para adquirir os produtos

Os recentes fatos envolvendo a venda de cursos e apostilas em escolas têm causado muita dor de cabeça para pais de alunos, principalmente os concluintes do ensino fundamental. Por diversas vezes, vendedores ingressam em escolas para apresentar seus produtos aos alunos, que posteriormente levam uma autorização a seus pais para adquirir livros, mas em alguns casos, os produtos entregues não correspondem aos mostrados em material promocional ou seus valores são superfaturados, como os mostrados recentemente em reportagens da região central do Estado.

Recentemente, aqui na cidade, uma mãe que se considerou lesada por uma dessas empresas, registrou ocorrência junto à Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento. Conforme o relato dela, a mesma adquiriu para seu filho uma coleção de apostilas para um preparatório para a Academia Militar. Segundo ela, depois de efetivar parte do pagamento, aguardou a primeira remessa de material, o que acabou não ocorrendo e a mesma efetuou o registro para fins de resguardo legal.

De conhecimento da questão, a reportagem do jornal A Plateia entrou em contato com a Coordenadora Pedagógica da 19ª Coordenadoria Regional de Educação, Gládis Aprato, e a Coordenadora Adjunta Sônia Dorneles. Ambas foram enfáticas em destacar: cada escola tem autonomia e soberania para decidir sobre quem pode ou não ingressar para vender material didático dentro da escola. “Nós mandamos um ofício para a escola comunicando que a pessoa esteve aqui, mas ao mesmo tempo destacando que a escola é soberana na sua decisão. Nós não temos nenhum tipo de ingerência sobre o material, muito menos na avaliação do material que está sendo oferecido. A direção tem toda autoridade para dirigir a escola e total autonomia financeira para comprar material didático, se for o caso. Mas no caso dos vendedores de jogos didáticos, geralmente os pais dos alunos vão buscar seus filhos na saída da escola e tratam direto com o vendedor. Como a escola tem gestão democrática e autonomia financeira, nós não gerimos este tipo de situação. É uma decisão da direção da escola se vai ou não deixar um vendedor entrar na escola e oferecer seus produtos, seja para alunos ou professores ou até mesmo para o acervo da escola”, finaliza a Coordenadora Pedagógica Gládis Aprato.

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