Um novo velho conceito

A tônica do período pré-campanha eleitoral envolveu toda uma série de estratégias e, como é comum, muitos foram os boatos, balões de ensaio, tentativas de divulgação de informações não condizentes com a realidade, blefes, entre outros elementos.

Até aí, nada de anormal, dentro dos conceitos atuais do ambiente político – os quais precisam mudar, obviamente. Ocorreram excessos, entretanto, a ponto de uma situação ir parar na Polícia Civil.

Aí está o indesejável.

É natural e procedente que exista a articulação, a conversação, porém, dentro de limites bem definidos para o que a cidadania deseja da política.

Originalmente, política denomina a arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados; aplicação desta ciência aos negócios internos da nação (política interna) ou aos negócios externos (política externa). Em tempo, segundo o conceito básico, nos regimes democráticos, a ciência política é a atividade dos cidadãos que se ocupam dos assuntos públicos com seu voto ou com sua militância.

Na internet, via Wikipedia, a palavra tem origem nos tempos em que os gregos estavam organizados em cidades-estado chamadas “polis”, nome do qual se derivaram palavras como “politiké” (política em geral) e “politikós” (dos cidadãos, pertencente aos cidadãos), que estenderam-se ao latim “politicus” e chegaram às línguas europeias modernas através do francês “politique” que, em 1265 já era definida nesse idioma como “ciência do governo dos Estados”.

O termo política é derivado do grego antigo (politeía), que indicava todos os procedimentos relativos à pólis, ou cidade-Estado. Por extensão, poderia significar tanto cidade-Estado quanto sociedade, comunidade, coletividade e outras definições referentes à vida urbana.

O livro de Platão traduzido como A República é, no original, intitulado “Πολιτεία” (do grego, significa Politeía).

Até aí, o conceito.

Evolua-se, usando a sabedoria de Aristóteles, ao dizer que “O homem é um animal político”.

O foco, entretanto, é a finalidade, o objetivo da política. Evocando uma outra sentença famosa: “Aqueles que não se interessam pela política são governados por aqueles que se interessam”.

Por obviedade, fica claro que todas as decisões de quem exerce um mandato, um governo, impactam sobre todos. Avançando para as finalidades, é preciso compreender que a partir de uma finalidade mínima, há o percurso a todos os demais fins, quais sejam educação, desenvolvimento, sáude, segurança, o bem-estar da população. A ideia central da Política é consolidar uma forma de organizar a sociedade, nos vários e diversos âmbitos, evitando o caos, desordem na convivência dos diferentes. Ao mesmo tempo, política é também a garantia da liberdade de expressão e opinião. A finalidade, como já dito, é manter a ordem pública, defesa do território nacional e o bem social da população. Para Aristóteles a Política é a ciência mais suprema, à qual as outras ciências estão subordinadas e da qual todas as demais se servem em uma cidade. A tarefa da Política é investigar qual a melhor forma de governo e instituições capazes de garantir a felicidade coletiva. Para Aristóteles, toda cidade é uma forma de associação e toda associação se estabelece tendo como finalidade algum bem. A comunidade política forma-se de forma natural pela própria tendência que as pessoas têm de se agruparem.

E para cada um, política, significa o que?

É a partir da conclusão de que trata-se de uma forma de gerar satisfação da coletividade em suas necessidades essenciais e coadjuvantes, mediante a gestão apropriada, regular e honesta do dinheiro público e da coisa pública, a partir do emprego capacitado, lícito e procedente dos meios para produzir fins aproveitáveis que repercutam positivamente no cotidiano, na vida de todos e cada um dos cidadãos.

Em entendendo assim, é natural que se exija a mudança de postura e que a campanha em Livramento seja de nível elevado, não aceitando-se transigir sobre isso.

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