Mais uma vez: Campeão

Já virou rotina. Recopa, Libertadores, Sul-Americana, Mundial. Quando se trata de competições internacionais, não há mais limites para o Internacional. Apegou-se. Resolveu que gosta de levantar canecos e ninguém lhe tira. Os gremistas invejam os tempos de outrora. Mas o momento é colorado. Não fosse um tropeço africano em 2010, beiraria a perfeição. Quem liga? As gargantas roucas de tanto gritar, bradaram mais uma vez: É campeão. 

Não deu para os argentinos do Independiente. Os colorados de lá vieram travestidos de azul para tentar incomodar os gaúchos do Internacional. Devem estar desinformados que, nos últimos clássicos, o grito final sai do lado do Beira-Rio. E a história se repetiu, com os rabiscos de heroísmo que caracteriza os títulos recentes do Gigante nos últimos tempos. Desta vez, a assinatura teve o L e o D, de Leandro Damião.

Fulminante, logo no início, aos 19 minutos, brilhou o garoto, na opinião dos gaúchos, o melhor atacante do Brasil. E por que não? Os números estão ao seu lado. E com a exatidão da matemática, Damião calculou o primeiro gol. Arrancou pela direita, passando entre dois argentinos, e resolveu em uma tacada de sinuca, no cantinho, de bico mesmo, como nos bons momentos de Romário.

Bastaram mais cinco minutos e o inverso de Chapolin, o Grandalhão Colorado, aproveitou a sobra da disputa de bola entre Dellatorre e o goleiro Navarro. Ficou fácil para Damião, que só empurrou para as redes. Se tornaria heroi, como foram Gabiru, Sóbis, Fernandão…?

O Independiente estava disposto a apagá-lo da história. Maxi Velázquez, o melhor do lado azul, aproveitou bobeira da zaga colorada, e bateu seco para vencer Muriel. Logo aos 3 minutos do segundo tempo. Era a repetição do primeiro resultado, que levava a peleja para as penalidades. E, nos últimos tempos, tanto argentinos quanto brasileiros, não tem muito do que se orgulhar de cobranças na marca do cal.

O jogo ficou nervoso. Ninguém acertava o alvo. O medo de perder e a vontade de vencer se confundiam. Mas o Gigante sabia que era questão de tempo. Os títulos sempre vêm próximos ao fim do jogo. E Jô entrou para ser coadjuvante. Invadiu a área, driblou o goleiro e caiu. Pênalti indiscutível.

A torcida comemorava, vibrava. Damião pegaria a bola, faria o terceiro, e daria o título ao Colorado. Mas Kleber pegou a bola. Tensão. Medo. Tudo chutado com a categoria de um atacante frio, deslocando o goleiro, como manda o figurino. Bola para um lado, Navarro para outro. E o 3×1 no placar.

E quem disse que títulos vêm fáceis para o Gigante da Beira-Rio? Nada disso. O Independiente se lançou ao desespero. E a camisa 1 brilhou. Muriel tirou todas. Com os pés, com as mãos, com os olhos. O importante é que a bola não entrou. Até o último minuto sob pressão, o Inter soube se segurar. E agora pode vibrar: é bicampeão da Recopa Sul-Americana.

Para coroar a conquista, a sobriedade de Dorival Jr, que após a conquista fez questão de atribuir os méritos a Osmar Loss, Celso Roth e Falcão. Todos criticados, mas que contribuíram diretamente para mais essa conquista. E a direção colorada já pode estudar uma reforma de ampliação na sala de troféus do clube.

Thiago Quintella
www.catimbafc.com
Fotos: Lucas Uebel/VIPCOMM

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5 Comentários

  1. manonelso

    INTER… O VERDADEIRO “REI DE COPAS”… DÁ-LHE, DÁLHE INTER… PARBÉNS A TODOS OS COLORADOS.

  2. Silvana

    o colorado so nos da alegrias, ate domingo ……………..

  3. iturbide

    Esse time só me dá alegria  e o Grêmio deve estar se preparando para a batalha dos Aflitos versão 2012.        A, Iturbide.

  4. sergio herculano

    Por mais que o inter se esforce, dificilmente caíra para uma segundona, mas eu tb queria este titulo e tenho inveja dos da azenha, pois eles tem e nós não temos kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    dalhe inteeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeer

  5. lacy duarte torres

    como e gostoso ser colorado e ser leao da fronteira ao mesmo tempo so falta nos entrar no gauchao abraços para todos rubros negros fui.

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