“Eu não acredito no aquecimento global. Ele se transformou numa nova religião”. Ivar Giaver, Prêmio Nobel de Física de 1973
A COPA NA LEI
A Lei da Copa está em plena vigência depois de sua publicação no Diário Oficial da União, na última quarta-feira, e tudo indica que houve uma negociação entre a Fifa e o governo brasileiro para que ambos cedessem em alguns ponto de vista considerados intocáveis.
Os seis vetos presidenciais não interferiram nas exigências da Fifa e nem foi retirado o poder imperial que a entidade desfruta quando a competição começa. Um encontro da presidente Dilma Rousseff com o presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter acertou as diferenças e tudo vai deslanchar como previra o ministro do Esporte Aldo Rebelo: “O Brasil sabe fazer as coisas do seu jeito”.
O Brasil cedeu à Fifa o direito de vender bebidas alcoólicas nos estádios onde os jogos serão realizados. Para isso foi suprimido o artigo do Estatuto do Torcedor que proibida aquele comércio, mas manteve-se o direito do meio-ingresso para estudantes, idosos e beneficiários dos programas de assistência social (Bolsa Família e indígenas).
Depois de negociar com o governo federal a venda de bebidas nos estádios e ter a garantia de poder organizar, divulgar e comercializar o evento, além de estabelecer multas a quem usar indevidamente a imagem da Copa de 2014, a Fifa tem outra tarefa para discutir com os governos estaduais.
Em 12 estados brasileiros onde ocorrerão os jogos do Mundial, sete tem leis estaduais proibindo a venda de bebidas alcoólicas em seus estádios e a Lei da Copa não tem força legal para atender a exigência da Fifa. Logo, a entidade vai negociar diretamente com as autoridades estaduais, entre elas, as do governo gaúcho.
O autor da lei no RS que proíbe a venda de bebidas alcoólicas é o deputado Miki Breier, da bancada do PSB, isto é, da bancada governista. Podem apostar, a lei gaúcha será alterada para que a Fifa venda a sua cerveja predileta, a Budweiser. Afinal de contas, o Brasil tem uma tradição em seu arcabouço legal. Algumas leis não são cumpridas (“não pegam”, dizem os espertos e malandros) e outras são desrespeitadas.
E agora vamos inventar a lei invernada, ou seja, como gado de engorde, o item da proibição da bebida alcoólica será separado num potreiro especial até o seu abate no matadouro da ética e da cidadania.
Algumas leis são feitas no Brasil assim como os sérvios tratavam as mulheres bósnias em Sarajevo: eram violadas por força de uma tradição boçal e primitiva. E viva a Copa de 2014!
JOAQUIM BARBOSA
O ministro do STF Joaquim Barbosa não se mostrou intimidado pelo pedido de seu impeachment, que está na mesa de José Sarney na presidência do Senado. Veja o que diz: “Isso faz parte do jogo democrático, já aconteceu outras vezes, um exemplo é o Gilmar Mendes. Mas isso não me assusta em nada. Não tomo nem conhecimento de uma coisa dessas”. O nota é do colunista Lauro Jardim, da revista Veja.
RONALDINHO (1)
“Se Ronaldinho receber salários de um bom jogador, que já são absurdamente altos no Brasil, e não o de um dos melhores do mundo, se todos assistirem a seus jogos com o olhar atual, e não com o dos anos de 2004 e 2005, e se a imprensa não for tão policialesca, ele poderá ser um reforço para o time. Pode ser a pitada de criatividade na correria do Galo”
RONALDINHO (2).
“Ronaldinho nunca foi um bom atleta, disciplinado, mesmo em seus melhores momentos. Sempre gostou das baladas. Como era jovem, atuava em uma das melhores equipes do mundo e estava no esplendor técnico, tudo dava certo. Dizer que ele, se quiser, desequilibra e dá show, é um lugar-comum, uma ilusão. Ele não mais brilha tanto porque não consegue, e não porque não quer”.
RONALDINHO (3)
.Quem faz as observações acima sobre Ronaldinho Gaúcho é o ex-craque da seleção e hoje colunista de jornal, o corretíssimo Tostão. Alguém aí discorda da opinião?
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