O oito ou oitenta…

Período pré-eleitoral. Estratégias, sapiências, informação e contra-informação. A perspectiva é de uma pulverização dos votos em Livramento em função de nenhum dos atuais pré-candidatos já declarados desejar abrir mão da cabeça de chapa. É a rigidez do 8 ou 80, compreensível culturalmente na política santanense. Nesta eleição de 2012, o município poderá ter uma disputa entre seis candidaturas, quais sejam Solimar Charopen, Nelmo Oliveira, Glauber Lima, Sérgio Oliveira, Cesar Maciel e Claudio Coronel, salvo se não aparecer mais alguma no decorrer do período convencional, que conclui no fim deste mês.

Perceba-se a diferença de Livramento. Enquanto uma significativa parcela do País fala em associativismo, há a cisão entre seis forças para disputar algo em torno de 60 mil votos. É, realmente, uma cidade diferente, do ponto de vista prático e, sobretudo, no que se refere aos pensamentos e tradições arraigadas.

Essa inflexibilidade do 8 ou 80, por exemplo é uma situação.

O desejo de fazer com que o dinheiro dos turistas fique na cidade, sem que haja sequer a receptividade a contendo da cidade (limpeza nas ruas, trafegabilidade, sinalização, etc…), entre uma série de outros elementos. Têm algumas situações que são insustentáveis somente pelo fato de o serem, outras não se sustentam pela aberração e absurdo que representam perante os conceitos de modernidade.

Há, no entanto, outras, mais aterrorizantes que a Cidade Diferente do Livramento, mesmo com a bênção de Sant’Ana padroeira protagoniza. Livramento faz jus a seu Hino a cada instante.

Talvez, e apenas talvez, a hora da virada, finalmente tenha chegado, embora muita bobagem ainda esteja por ser proferida, muita demagogia ainda possa ser feita.

Já repararam que tudo vira polêmica acirrada, política e pessoal nesta cidade? Perceberam que são registradas bobagens e ações demagógicas, entre outras situações registradas, sem falar nos sete pecados de Livramento – aqueles que somente a cidade comete. Note bem, não é a população, mas a cidade, conforme entendimento lógico. Porém, com uma diferença, neste 2012. O entendimento dos cidadãos, pelo que é possível ouvir nas ruas – no centro e nos bairros, não é mais o mesmo, a ingenuidade inexiste.

A prática da enrolação, do empurra com a barriga, já passou a um outro plano de paragem no passado. A Livramento de agora precisa ter o bom senso que o consenso perpetua, solucionando questões efetivas em prol da comunidade, usufruindo da palavra e do pensamento de forma práticas. Talvez seja o sinal dos tempos.

Há quem diga que a tão falada maldição do padre Cordeiro perdeu os efeitos; a cabeça de burro se desmanchou pela ação do tempo; o cerne da corunilha foi quebrado. As soluções estão aí, pontuais, solenes, à mão, porém, parece que a Cidade Diferente faz questão de complicar.

Abrindo pensamentos, quais perspectivas, poderá se tornar prática uma coisa chamada desenvolvimento; que Sant’Ana quer, mas muitos não permitem, pela ação e pela omissão, pela inação e enrolação, que ela alcance.

Há quem aposte suas fichas neste ou naquele candidato, porém, o entendimento é que o candidato é quem precisa apostar suas fichas na população e, uma vez eleito, fazer jus aos votos que receba.

E, quem sabe, aí começe a perceber que flexibilidade faz bem e o importante não é quem manda, mas sim o quanto quem comanda tem condições de satisfazer necessidades e expectativas com base naquilo que arregimenta em torno de si.

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