“O período em que a popularidade da presidenta Dilma mais subiu foi, por uma triste coincidência, o mesmo em que Lula passou em silêncio” Esperidião Amin, deputado federal (PP/SC).

OS SHOWS NAS CPIs

A CPI que investiga o envolvimento de Carlinhos Cachoeira com figuras importantes da República se não mudar de rumo correrá o risco de não colher depoimentos de pessoas que precisam falar sobre suas atividades.

Até agora só os delegados da Polícia Federal falaram e assim mesmo em sessões secretas. Uma CPI para ter sucesso de público, mesmo que não puna ninguém e nem chegue a conclusão alguma, precisa de transmissão ao vivo pela televisão.

É na televisão que os ilustres parlamentares brasileiros brilham em longas perguntas (muitas delas inúteis) e até trocam desaforos que empolgam os telespectadores. O espetáculo das cenas proporcionadas pelos membros das CPIs tem picos de audiências nas tardes mornas da grade de programação de nossas tevês.

Não há telespectador que não se sinta participante das reuniões quando a baixaria começa. E não é baixaria comum, não senhor. Mesmo que as ofensas sejam as mesmas de uma briga de botequim ou de cancha reta, qualquer bate-boca vem sempre precedido do respeitoso tratamento de “vossa excelência”.

O regimento do nosso parlamento federal impõe a reverência e a boa educação aos parlamentares. Na sessão desta quinta-feira durante o “não-depoimento” do senador Demóstenes Torres, enquanto a sessão estava ao vivo um atrito entre o deputado Sílvio Costa (PTB-CE) e o senador Pedro Taques (PDT-MT) manteve-se o tratamento mútuo de “vossa excelência”.

No entanto, bastou o microfone ser cortado para o deputado Sílvio Costa chamar o senador Pedro Taques de “seu demagogo, seu merda, seu merda”. Sem ter como manter o controle o presidente da CPI, senador Vital do Rego (PMDB-PB), despachou o depoente Demóstenes Torres e encerrou a sessão.

Mesmo sem áudio ficou o registro da quase agressão do deputado cearense ao senador moto-grossense. Se o deputado Sílvio Costa soubesse que suas ofensas seriam notícia nacional, certamente teria corrigido seu linguajar de sarjeta. Optaria por “vossa excelência é um demagogo, vossa excelência é um merda!”

Ainda não chegamos ao ponto do parlamento da Ucrânia onde o pau corre solto no plenário e alguns deputados ficam de ternos rasgados e testas com sangue escorrendo, mas a continuar como nesta quinta-feira a gente chega lá rapidinho.

PONTO PARA DEMÓSTENES

Foi tal a carga de ofensas do deputado Silvio Costa contra Demóstenes Torres que este saiu como vítima da sala da CPI. O senador Pedro Taques, também agredido verbalmente, só tinha pedido ao deputado Costa que não humilhasse o senador Demóstenes.

E O DECORO?

Por descuido, um deputado ainda não identificado, deixou cair do bolso de seu paletó uma calcinha feminina. Dizem que não era dessas do modelo fio dental, mas uma tradicional, tamanho GG. Isso seria quebra de decoro parlamentar?

GOZAÇÃO

Já virou gozação o caso da calcinha que seria bicolor, vermelha e branca. Os “detetives” querem descobrir a dona da peça íntima que a entregou a um parlamentar. Não se sabe se o deputado guardou a calcinha no bolso pela pressa em que ela foi-lhe entregue ou se foi por ser o deputado um colecionador de lingeries.

CPI DO IRG

Roberto de Assis Moreira, administrador do Instituto Ronaldinho Gaúcho e irmão do agora ex-atleta do Flamengo, vai depor na CPI no próximo dia 21, quinta-feira. Espera-se que Assis não fique no silêncio garantido pela Constituição Federal.

BOM EXEMPLO

O próximo modelo do veículo Gol que chega ao mercado no segundo semestre terá quase toda a sua tapeçaria interna produzida a partir de garrafas PET recicladas.

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