Diretor do Cpers diz que categoria está 100% mobilizada e preparada
Neimar Quines disse que uma greve não está descartada, mas que depende dos atos do Governo do Estado
![CLEIZER MACIEL/AP](http://jornalaplateia.com/aplateia/wp-content/uploads/2011/08/P0820110823_db_cpers-300x224.jpg)
O novo diretor do 23° Núcleo do Cpers, Neimar Quines, diz que a categoria está preparada para uma nova greve
Mas a aplicação imediata da lei do piso nacional como vencimento básico das carreiras foi cobrada na ampla maioria das intervenções. A categoria também reafirmou a contrariedade à meritocracia e a alterações nas carreiras de professores e funcionários de escola.
Paralisação
Sobre a paralisação da última sexta-feira, a primeira já sob o seu comando, Quines disse que esta foi uma prova de força da categoria, que espera que o governo cumpra com a sua parte e evite uma greve que poderá ser deflagrada caso o piso nacional da categoria não seja pago ou apresentado um calendário que contemple este benefício. “Estamos forçando o governo a implementar o piso e queremos isso já. Queremos que o governo do Estado do Rio Grande do Sul cumpra com o prometido. Sabemos que eles estão esperando a decisão do STF, mas não podemos ficar de braços cruzados”, explicou ele. Neimar Quines disse, ainda, que a categoria, ao lançar um novo movimento em defesa da educação pública, está preocupada com a formação continuada dos profissionais e quer a aplicação de concursos tanto para professores, quanto para funcionários de escolas, para suprir as carências existentes em todos os municípios.
O movimento vai exigir o pagamento do piso nacional como vencimento básico das carreiras e também discutirá as condições da escola pública no Rio Grande do Sul. “Hoje existem professores atuando em áreas nas quais não possuem formação. Isso é péssimo para a qualidade da educação que queremos para o nosso Estado. Portanto, precisamos consertar isso. Queremos a efetiva aplicação dos recursos para a educação que estão previstos na Constituição e a destinação de 10% do PIB (Produto Interno Bruto). A greve não está descartada, mas vai depender da movimentação que o governo fizer na direção de atender às demandas. Se o piso for implantado ou se foi apresentado um calendário satisfatório, a greve não sai, caso contrário, os professores param”, afirmou ele.
Caravanas
A mobilização em torno do movimento na luta pela educação pública começa com uma série de caravanas, que irão percorrer todas as regiões do estado a partir de setembro. Será um momento dedicado a cobrar a implementação da lei do piso como vencimento básico das carreiras e para exigir melhorias na escola pública.
A caravana também deverá atingir Sant’Ana do Livramento com o objetivo de mobilizar ainda mais a categoria e esclarecer eventuais dúvidas sobre o piso nacional e sobre a batalha que está sendo travada pela direção estadual do Cpers e os 42 núcleos, com o governo do Estado.