Diretor do Cpers diz que categoria está 100% mobilizada e preparada

Neimar Quines disse que uma greve não está descartada, mas que depende dos atos do Governo do Estado

O novo diretor do 23° Núcleo do Cpers, Neimar Quines, diz que a categoria está preparada para uma nova greve

“Estamos lutando por uma educação mais forte e capaz de dar a melhor formação para as nossas crianças e jovens”. Esta foi uma das frases ditas pelo novo diretor do 23° Núcleo do Cpers em Sant’Ana do Livramento, Neimar Quines da Costa, em sua primeira entrevista oficial ao jornal A Plateia. Empossado junto com os demais diretores eleitos em todo o Rio Grande do Sul em solenidade ocorrida na última sexta-feira na capital do Estado, e que ficou marcada por protestos da categoria, Neimar Quines ao substituir o professor Juca Sampaio na direção local da entidade disse que a luta dos professores e funcionários é árdua e constante. Marca da gestão passada, a unidade foi reafirmada durante a cerimônia. Somente a unidade e a mobilização são capazes de garantir direitos adquiridos e novas conquistas.

Mas a aplicação imediata da lei do piso nacional como vencimento básico das carreiras foi cobrada na ampla maioria das intervenções. A categoria também reafirmou a contrariedade à meritocracia e a alterações nas carreiras de professores e funcionários de escola.

Paralisação

Sobre a paralisação da última sexta-feira, a primeira já sob o seu comando, Quines disse que esta foi uma prova de força da categoria, que espera que o governo cumpra com a sua parte e evite uma greve que poderá ser deflagrada caso o piso nacional da categoria não seja pago ou apresentado um calendário que contemple este benefício. “Estamos forçando o governo a implementar o piso e queremos isso já. Queremos que o governo do Estado do Rio Grande do Sul cumpra com o prometido. Sabemos que eles estão esperando a decisão do STF, mas não podemos ficar de braços cruzados”, explicou ele. Neimar Quines disse, ainda, que a categoria, ao lançar um novo movimento em defesa da educação pública, está preocupada com a formação continuada dos profissionais e quer a aplicação de concursos tanto para professores, quanto para funcionários de escolas, para suprir as carências existentes em todos os municípios.

O movimento vai exigir o pagamento do piso nacional como vencimento básico das carreiras e também discutirá as condições da escola pública no Rio Grande do Sul. “Hoje existem professores atuando em áreas nas quais não possuem formação. Isso é péssimo para a qualidade da educação que queremos para o nosso Estado. Portanto, precisamos consertar isso. Queremos a efetiva aplicação dos recursos para a educação que estão previstos na Constituição e a destinação de 10% do PIB (Produto Interno Bruto). A greve não está descartada, mas vai depender da movimentação que o governo fizer na direção de atender às demandas. Se o piso for implantado ou se foi apresentado um calendário satisfatório, a greve não sai, caso contrário, os professores param”, afirmou ele.

Caravanas

A mobilização em torno do movimento na luta pela educação pública começa com uma série de caravanas, que irão percorrer todas as regiões do estado a partir de setembro. Será um momento dedicado a cobrar a implementação da lei do piso como vencimento básico das carreiras e para exigir melhorias na escola pública.

A caravana também deverá atingir Sant’Ana do Livramento com o objetivo de mobilizar ainda mais a categoria e esclarecer eventuais dúvidas sobre o piso nacional e sobre a batalha que está sendo travada pela direção estadual do Cpers e os 42 núcleos, com o governo do Estado.

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