Uma semana de greve

Em assembleia geral os professores decidiram pela sequência de greve, iniciada no dia 18

Professores estaduais em greve, na frente da 19ª CRE

A greve dos professores completa nesta segunda- feira, uma semana. Desde o primeiro dia de mobilização, conforme a direção do Cpers Sindicato foram muitas as ações no sentido de informar a sociedade gaúcha dos motivos da paralisação dos professores. Diz Neimar Quines da Costa, Diretor Geral do 23° Núcleo do CPERS/Sindicato, que “tentamos dentro dos limites dos espaços oferecidos pela mídia, dar todos os esclarecimentos que poderiam ser necessários para que a população tivesse conhecimento das razões da greve.”

O diretor também salienta que “desde o início do Governo Tarso foram feitas diversas tentativas no sentido de obter do Estado respostas concretas a uma pauta de reivindicações, que constava de 17 itens, entre eles concurso público, implantação imediata do Piso Nacional, pagamento das promoções atrasadas, construção de um projeto político pedagógico e manutenção dos planos de carreira, IPE público e de qualidade. “Dos 17 pontos até agora de efetivo o governo alterou o pagamento das RPVs, reformou a Previdência, não incluiu todos os funcionários no Plano de Carreira, quis publicar decretos alterando a Matriz Curricular do Ensino Médio e o processo de Avaliação dos Educadores, instalando a meritocracia e não implantando o Piso Nacional Salarial que é uma Lei Federal.” Quanto a isto, Neimar classifica o governo como fora da lei, além disso, diz ele, “não há propostas para o pagamento do Piso aos funcionários de Escola, proposta de campanha do então candidato Tarso”. 

Ensino Médio

As alterações do Ensino Médio, na avaliação do Sindicato, “somente preparam o aluno para ser mão barata e subserviente ao patrão. Não prepara o aluno para ser sujeito de sua própria história, nem muito menos o tornará um ser humano crítico, criativo, solidário, humanista e capaz de elevar a condição humana” finalizou o diretor.

Próximo passo

A categoria continuará realizando plenárias com educadores e alunos para debater os projetos educacionais do governo e, publicamente, denunciar o não pagamento do piso salarial e o desmonte da educação pública.

O Cpers/Sindicato também realizará uma campanha de denúncia contra o assédio moral aos educadores, principalmente os contratados, que estão sofrendo represálias por participar da greve. A assembleia também deliberou pelo fortalecimento da vigília organizada em frente à sede do governo, em Porto Alegre. O comando degreve reúne-se nesta segunda-feira para avaliar a assembleia geral e dar continuidade à greve.

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