TORTURA ARTESANAL

Nos tempos da ditadura de Getúlio houve uma caça aos comunistas onde qualquer suspeito apanhava até confessar o que a polícia queria. O jornalista Sebastião Nery, um velho amigo desta colunista, narra a historinha abaixo que repasso aos nossos leitores pela cena inusitada descrita e pelo resultado de um interrogatório de uma época onde se praticava “tortura artesanal”, isto é, sem as técnicas sádicas hoje existentes.

Felisberto Batista Teixeira, delegado do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) da policia de Filinto Muller no Rio, na ditadura de Getulio Vargas, prendeu um operário acusado de ajudar os comunistas :

- Confesse logo. Você é do PC (Partido Comunista).

-Não sou, não.

- Mas ajuda o PC.

- Não ajudo, não.

- Como é que você anda com eles? Vai ter que dar o serviço todo.

E começou a torturar o preso. Bateu de palmatória, murros no estomago, pôs no pau de arara, espremeu as unhas com alicate (ainda não haviam inventado o choque elétrico), deu telefones (tapas nos ouvidos), arrebentou o homem todo, aos berros:

- Você sabe. Você tem que contar.

- Contar o quê, contar como, se eu não sei de nada?

De repente, entrou na sala de torturas Luis Glayssman, chefe do Serviço Secreto da policia de Filinto Muller, mandou parar a tortura :

- Não adianta você ficar ai resistindo, sem querer falar. Se você não falar, vai morrer. Fale logo. Diga onde está o mimeógrafo.

- Ah, o mimeógrafo? Está enterrado lá no fundo do quintal.

- Por que você não falou antes?

- Porque ninguém me perguntou. Esse animal passou o tempo todo me batendo e perguntando onde está o “periscópio”.

LIXO IMPORTADO (1)

É incompreensível como as autoridades brasileiras ainda permitem a importação de lixo, lixo mesmo, para algumas “empresas” brasileiras. Nesta quinta-feira, uma carga com cerca de 20 toneladas de lixo, proveniente da Espanha, foi barrada pela Alfândega da Receita Federal do Porto de Itajaí, em Santa Catarina. A declaração de importação da mercadoria, de acordo com a Receita Federal, foi registrada no fim de abril como “outros tecidos atoalhados de algodão”, mas era, na verdade, lixo de hotéis e hospitais espanhóis.

LIXO IMPORTADO (2)

Segundo a Receita, a carga vai ser devolvida ao país de origem, “sem prejuízo das demais penalidades cabíveis”. Em menos de oito meses, essa foi a terceira carga de lixo detectada pela Receita Federal em Itajaí. As cargas anteriores já foram devolvidas ao exterior. A retenção da mercadoria é parte da Operação Maré Vermelha, desencadeada pela Receita Federal desde o início do mês de março.

LIXO IMPORTADO (3)

Os espertalhões espanhóis devem estar dando gargalhadas pela babaquice brasileira em importar o seu lixo (deles). Talvez seja por isso mesmo que os espanhóis devolvem brasileiros que chegam em seus aeroportos. O que eles podem pensar de um povo que compra lixo com guia de importação?

IMPORTANDO GENTE

O Brasil terá que importar técnicos especializados em operações aéreas. O secretário nacional de Justiça, Paulo Abrão, declarou que um projeto de lei sobre imigração, que tramita há três anos no Congresso, pode incluir mecanismos para estimular a entrada de mão de obra qualificada no Brasil.“Diante da expansão do tráfego aéreo no país, o Brasil poderia, por exemplo, vir a precisar de controladores de vôo em curto prazo e não encontrar profissionais em número suficiente no país com a rapidez necessária”.

ELITE NOS ESTÁDIOS (1)

O jornalista Alberto Helena Júnior defendeu a elitização do futebol brasileiro, com o torcedor de arquibancada vendo os jogos pela TV e uma pequena elite nos estádios. Segundo Alberto Helena, “o estádio, como arena, um teatro grego, era uma praça pública onde o povo ia para se manifestar, porque você não tinha outro veículo de comunicação”.

ELITE NOS ESTÁDIOS (2)

“Hoje em dia, o futebol, que é um entretenimento de massa, encontra o seu palco na televisão, que alcança as grandes multidões e todas as categorias sociais. O estádio passou a ser o teatro e a receber uma ínfima parte do torcedor. E essa pequena parte tem que fazer parte do espetáculo, então a tendência natural é a grande massa vendo futebol pela TV e uma elite nos estádios”. A informação é do jornal eletrônico “Tribuna da Imprensa”.

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