Questão de lógica

É bater no batido, chover no molhado. A fruticultura representa um importante e significativo setor que pode, aliado a outros – como a horticultura – ser um carro chefe na mudança tão almejada para a economia de Sant’Ana do Livramento. Claro, é preciso aprender essa lógica e aceitá-la como verdadeira, a fim de estimular iniciativas nesses segmentos. Se por um lado é inadmissível que se permita a perda de produção de frutas, caindo dos pés e apodrecendo no chão pela falta de dinheiro para contratar gente para colher; por outro é uma saída o associativismo entre as pessoas, visando o crescimento conjunto.

Por outro lado, também é uma questão delicada a falta de estrutura, havendo disponibilidade de estruturação. É o que está ocorrendo com um grupo de produtores que associaram-se para produzir laranjas tipo exportação na cidade – e de qualidade! Eles aguardam a disponibilização do packing house – parado há décadas – e até se propõem a buscar parceiros para investir os R$ 150 mil, ou mais, necessários para a instalação elétrica e a operacionalização das câmaras frias, entre outros elementos necessários ao funcionamento.

Os produtores de laranjas do Ibicuí aguardam uma definição da municipalidade para dar vazão à sua produção. Plantar um pomar de frutíferas era para quem gostava de frutas. Isso no tempo mais antigo. Agora é preciso gostar, entender, qualificar para ter mercado e vender bem.

No aspecto empresarial, é possível investir e o setor também aponta um caminho para quem deseja recursos visando investir em seu negócio. Óbvio, a crise é intensa, sua força arrocha as pessoas, rouba-lhes a autoestima, a vontade, provoca as mais diversas situações negativas. Mas é preciso compreender que uma coisa é a crise econômica, instituída a partir da não-geração de postos de trabalho; outra, é a crise íntima. Uma é pior do que a outra e a última, por derradeira, é responsável pela primeira, pois entrava a vontade, o querer, o acreditar, o sonhar. As dificuldades em absolutamente todos os segmentos, é conhecida e, mais do que isso, propalada; o negativismo é um instituto, um ente que paira sobre a realidade local. Mas, é preciso fazer algo para provocar a derrocadas das duas crises, do contrário, é a rendição.

Entretanto, também o poder público e a própria sociedade precisam dar respostas mais rápidas, visando celeridade nos processos que são do interesse da geração de aproveitamento de mão de obra, emprego e renda. É uma lógica e não adianta deixar para depois.

Aliás, ao que conste, até aqui, Livramento já deixou muito para depois. Ao longo dos últimos anos.

As questões são simples, no fundo: se há problema e dificuldade, o fundamento determina que se precisa resolver. E, diante disso, a solução deve ser prática, efetiva, sem chance de retorno à posição anterior, a fim de evitar o retardo. Claro que existem elementos complexos em alguns projetos, mas é dever do setor público e da sociedade resolver, mediante a apresentação de alternativas de viabilidade.

Vale para os produtores de laranja do Ibicuí, vale para todos os demais.

Fundamental pensar nisso e sair agindo.

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