Conceito “Aristotélico”

Raciocine-se sobre uma frase que tornou-se popular ao longo das eras: “Uma andorinha só não faz verão”. As andorinhas são um grupo de aves cuja família destaca-se dos restantes pássaros pelas adaptações desenvolvidas para a alimentação aérea e as necessidades migratórias, ou seja, movimentam-se. O que isso tem a ver com Livramento? Bem, é certo que, ao que parece, ninguém está parado, há muitos santanenses envolvidos em ações de desenvolvimento.

Mas também, embora não se espere que as coisas aconteçam a toque de caixa, é bem verdade que qualquer mãozinha para movimentar as engrenagens da política é importante. Esse espírito de boa vontade, de positivismo, como já se viu no ano passado, felizmente está se espalhando em meio à comunidade e, mesmo com a possibilidade de que este ano não se consiga concretizar aquilo que, efetivamente, a cidadania merece.

As propostas de concretizações de projetos locais, associados a captações externas de recursos, acabam por ser as principais provas de que é preciso que se transforme o pensamento da cidadania, que se inicie, de forma efetiva a construção do projeto Sant’Ana do presente, a fim de edificar a Sant’Ana do futuro. É inegável que a movimentação em torno da concretização de um projeto de consistente e visível resultado popular e que, a médio e longo prazo consiga trazer para o município divisas, dinheiro e circulação econômica, ao mesmo tempo em que se configura como impulsionador social e, consequentemente, retorno comunitário está iniciado. Diante disso, trata-se de uma questão de trabalho organizado, planejado e com metodologia, a fim de transformar Sant’Ana em um município pautado pelo resultado, que gere renda, que consiga determinar empregos em grande número, que ofereça ações e espetáculos, resultados e concretizações dignos de orgulho para a comunidade – e que seja, em resumo, a consolidação com alegria do começo ao fim, da Sant’Ana que o santanense que bota o coração nas coisas quer.

Sant’Ana pode, e quer e, portanto, não há força maior do que o coração a impulsionar as transformações necessárias, seja em eventos, atividades, ações, políticas e palavras. Eis um ponto, final, que é essencialmente importante: palavras, positivas, sólidas, alicerçadas na possibilidade de realização.

É a Sant’Ana que todos querem. Todos devem manter-se lutando para que se efetive. Cada um deve fazer sua parte e nunca é tarde para começar. Mas os cérebros precisam assimilar isso e perceber o que remete a pensar o velho ditado: uma andorinha só…

Em tempo, a expressão Uma andorinha só não faz verão, na verdade, provém da filosofia. Apenas para informação. É uma frase que vem de livro do filósofo Aristóteles. Geralmente, as expressões idiomáticas têm origem popular. Não é este o caso. A primeira menção conhecida ao ditado está no livro Ética a Nicômano, de Aristóteles (384-322 a.C.). Na obra, o filósofo grego escreve que “uma andorinha só não faz primavera”, no sentido de que um indivíduo não deve ser julgado por um ato isolado.

A escolha da andorinha não é casual. Na busca por calor, essas aves sempre voam juntas, em grupos de até 200 mil animais. As maiores aglomerações de andorinhas são vistas nas Américas. Em outubro, quando começa a esfriar no norte, elas percorrem 8 mil quilômetros até a América do Sul, de onde voltam em abril.

Mais do que a origem da expressão, o que fica é o conceito. E, verdadeiramente, este deve ser assimilado como uma filosofia coletiva, afinal de contas, somente assim será possível que Sant’Ana registre ações efetivas para implementar o desenvolvimento desejado para as pessoas.

Notícias Relacionadas

Os comentários são moderados. Para serem aceitos o cadastro do usuário deve estar completo. Não serão publicados textos ofensivos. A empresa jornalística não se responsabiliza pelas manifestações dos internautas.

Deixe uma resposta

Você deve estar Logando para postar um comentário.