Traçando paralelos

Em um momento, quando começam a se desfazer os confusos períodos prévios às definições eleitorais, seja nos ambientes partidários, seja para a população em geral, sobressai uma certeza: é preciso transpor as barreiras que se interpõem entre a comunidade e o ideal de estrutura econômica, social, administrativa, desejados. Livramento precisa de soluções, não de paliativos. Claro que há os problemas externos, com alta nos alimentos, baixa no poder aquisitivo, comentados atualmente, porém, Livramento é uma cidade ímpar no Rio Grande. Somente os santanenses parecem não perceber isso de todo.

Falta, na cidade, o trabalho, mais esforço coletivo. Daí vem a consequente falta de poder aquisitivo, a ausência de dignidade, as crises familiares, a pobreza, a miséria, a mendicância, entre uma série de outros problemas que forjam a realidade social indesejada que se verifica hoje.

Sempre que as dificuldades surgem e se mantêm como entraves ao desenvolvimento, uma comunidade pode, e deve, encontrar formas de combater diretamente seus efeitos e, sobretudo, vencê-las. Investir, ao contrário de encolher-se, deve ser o instrumento de resistência a qualquer crise, trabalhando para debelar as carências e buscando meios de proporcionar um mínimo de crescimento social, econômico, cultural, enfim, de qualidade de vida. As ações práticas serão com certeza os fatores determinantes para a superação da dificuldade econômico-financeira do município.

Sant’Ana tem condições plenas de oferecer uma resposta à altura do investimento feito, pois, mais do que esperança de um progresso coletivo, do desenvolvimento nos diversos setores, há em todos os residentes nesta Fronteira da Paz, a forte e firme vontade de, participando ativamente do processo de construção de uma nova realidade, transformar positivamente o dia a dia e, sobretudo, trabalhar incessantemente pelos objetivos que embasam esta crença. Ante essas constatações, perceptíveis pela maioria dos investidores estabelecidos no município, é natural a motivação para a sociedade reagir a todo e qualquer entrave.

Vem sendo registrada demonstração de confiança no potencial da cidade e da Fronteira, efetivando uma possibilidade real, atestada pelo envolvimento de representantes de vários setores da sociedade, administrando-se em meios às muitas velhas – e novas, principalmente – dificuldades da economia. Mas ninguém imagina que essa luta vá ser um mar de tranquilidade.

E esse pé no chão é que se precisa para trabalhar com seriedade. Para investir é preciso acreditar, ter a convicção de que haverá uma resposta positiva, não sem antes perceber o que existe no mercado. A mensagem deve ficar, especialmente quando a cidade vai registrar pleito eleitoral, cujas definições de opções estão se avizinhando.

É preciso compreender um conceito basilar. Desenvolvimento econômico é um processo pelo qual a renda nacional real de uma economia aumenta durante um longo período de tempo. A renda nacional real refere-se ao produto total do país de bens e serviços finais, expresso não em termos monetários, mas sim em termos reais: a expressão monetária da renda nacional deve ser corrigida por um índice apropriado de preço de bens e consumo e bens de capital, na definição dos economistas, encontrável em quaisquer das literaturas. E, se o ritmo de desenvolvimento é superior ao da população, então a renda real per capta aumentará. Segundo os estudiosos, “o processo implica a atuação de certas forças, que operam durante um longo período de tempo e representam modificações em determinadas variáveis. Os detalhes do processo variam sob condições diversas no espaço e no tempo, mas, não obstante, há algumas características comuns básicas, e o resultado geral do processo é o crescimento do produto nacional de uma economia que, em si própria, é uma variação particular a longo prazo”.

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