Trabalho moderno

Tanto em palestras de profissionais de Recursos Humanos, quanto em matérias publicadas em jornais e revistas, alguns pensadores dizem que o emprego, como o que se conhece hoje, vai acabar. Há quem diga que o futuro do salário será algo chamado portfolio de receitas (cada pessoa terá uma carteira de serviços com respectivas receitas mensais).

Para alguns especialistas, ao longo dessa evolução, o valor agregado será cada vez menos material – com o passar do tempo, as ideias passarão a ter mais valor que os bens materiais. Existe uma grande discussão a respeito do tema trabalho ou emprego, mais propriamente, empregabilidade. Da mesma forma, o elemento qualificação passou a ser ponto exigível, sem que se esqueça a mais valia Marxista, entretanto.

Se o perfil das empresas está mudando gradativamente, mesmo nos grupos familiares, embora em determinados casos com alguma resistência ao entendimento de que as pessoas são essencialmente os diferenciais de mercado, estas precisam acompanhar essa evolução, seja em atitudes, aperfeiçoamento e predicados técnicos.

O que permanece indiferente, entretanto, é justamente a questão legal que oficializa as relações de trabalho. Não sem tempo, já surgem debates sobre a necessidade de implementar mudanças nas legislações que tratam de emprego e trabalho, preservando direitos dos trabalhadores, mas, ao mesmo tempo, flexibilizando pontos a fim de aumentar os números de empregos, já que o regramento mercadológico é que estabelece a realidade salarial.

O mundo dos especialistas em determinadas tarefas está concretizado, mas isso não significa negar oportunidades para quem ainda não atingiu tais expertises.

E isso já está se tornando realidade em grande parte das empresas no mundo todo. Poderá custar a chegar a determinados rincões brasileiros, mas é uma verdade que chegará.

Há algum tempo, as cúpulas dessas empresas decidiram mudar a característica dos vendedores para um perfil de consultores dos clientes. Decidiram então substituir todo o quadro de vendedores, já muito acostumados com suas atribuições antigas e pouco flexíveis às novas diretrizes.

Ao buscar novos profissionais no mercado, tinham por intenção recrutar indivíduos, com pouca ou nenhuma experiência, para que fossem educados dentro da nova cultura de vendas. Mal os candidatos sabiam que quanto mais descreviam suas experiências e façanhas profissionais anteriores e seus currículos, mais perdiam pontos nesse processo seletivo!

Um dos pressupostos desse modelo de estrutura sistêmica é a crença de que existe algo conceituado como Ciclo de Aprendizado Profundo, sustentado pelos seguintes pilares: crenças, critérios, identidade, modelo de mundo etc.; percepções, sensibilidade, janelas de consciência etc.; habilidades, comportamentos, capacidades, instrumentos, etc. Essas três categorias interagem, mutuamente, em um processo também sistêmico e, portanto, qualquer alteração em uma das partes interfere nas outras e gera circuitos de retroalimentação (feedback). Assim, uma mudança profunda e duradoura deve ter como base de apoio transformações estabilizadas em cada uma destas dimensões: percepção, habilidade e modelo de mundo, resumidamente.

As exigências contemporâneas são equivalentes, tanto para empregador, quanto para empregado; pois o resultado final é o ponto mais importante de todos os processos adotados. Se positivo, o é para um e outro; se negativo, da mesma forma. Esse é o entendimento que começa a se multiplicar.

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