Quinta-feira, 10 de Maio de 2012

Um bom final

Testemunhamos, na semana passada, o desfecho de uma crise iniciada em 2009 e que nos últimos tempos vinha se ampliando, trazendo prejuízos a cerca de 1.500 pequenos e médios criadores de aves e suínos. A Doux Frangosul, com muitas dívidas, estimadas em cerca de R% 500 milhões de reais, especialmente junto aos produtores integrados, alguns dos quais recebendo com atrasos superiores a 150 dias, foi arrendada por dez anos, com opção de compra dos ativos, pela JBS. Representei o governador Tarso Genro no anúncio oficial deste operação, realizada em Montenegro. Já vínhamos acompanhando este caso, inclusive tendo encaminhado denúncia ao Ministério Público, com base nos balanços da Doux, que sinalizavam para remessas ilegais para a matriz na França.

Estado parceiro

O Governo do Estado é parceiro do novo empreendimento, que marca a estréia da JBS no segmento de frangos. Nesta quinta-feira, no final da tarde, no Palácio Piratini, será anunciada oficialmente a concretização do negócio, a partir do que deveremos intensificar as conversas para definir outras formas de apoio do Governo do Estado. O grupo é o maior processador de alimentos no mundo e a terceira maior empresa brasileira, ficando atrás apenas da Petrobrás e da Vale do Rio Doce. Com a expansão, a JBS aumenta em 15% a sua capacidade de produção de aves no mundo. O volume alcança agora nove milhões de cabeças por dia, incluindo as unidades nos Estados Unidos, México e Porto Rico, incorporadas na aquisição da americana Pilgrim’s Pride, em 2009. Além de reativar um setor que estava quase parando, o grupo saldará as dívidas com os produtores e promete, em breve, estar abatendo um milhão de aves por dia.

Apoio das cooperativas

Assinamos, nesta semana, com o sistema Ocergs/Sescop um termo de cooperação que assegura a participação das cooperativas gaúchas na implantação do Programa Mais Água, Mais Renda. Consideramos esta adesão fundamental para que possamos continuar avançando na divulgação das vantagens da irrigação e na desmistificação de alguns conceitos que não condizem com a realidade, já enraizados na cultura dos produtores. Um deles de que a irrigação é cara. Pelo contrário. Estamos convencidos de que é um investimento que se paga no médio prazo, com o aumento da produtividade. No caso do milho, a média dos últimos dez anos, em lavouras sem irrigação, é de 60 sacos por hectares. E, com irrigação, a produtividade média salta para 200 sacos por hectare.

Debate na Fenasoja

Promovemos um bom debate sobre as vantagens da irrigação na Fenasoja, em Santa Rosa. Falamos para um grupo de produtores reunidos pela Associação de Produtores de Milho do Estado (Apromilho), com quem também assinamos termo de cooperação para a divulgação e implementação do Mais Água, Mais Renda. Na mesma oportunidade, consolidamos parceria com o Banco do Brasil, com a Cotrijui e com outras cooperativas da região com idêntica finalidade.

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