Proposta da ministra Maria do Rosário é acabar com a pobreza através da educação

 

Ela esteve reunida na tarde de sexta-feira com comitiva da Uergs, no prédio da unidade local da Universidade

Ministra ouviu atentamente a reivindicação da comitiva da Uergs e expôs sua proposta

Uma comitiva recebeu na tarde de sexta-feira, 29 de julho, a ministra Maria do Rosário da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR). Formou a comitiva o Diretor da Unidade, Aluizio Guedes Menine, a Diretora Regional Campus 6, Lucia Silva e Silva, o Reitor da Uergs, Fernando Guaragna, o representante do Conselho de Pesquisa e Extensão, Claudio Eduardo dos Santos Cruxen, e o representante do Diretório Acadêmico, Gabriel Kovalick. A diretora regional, Lucia Silva e Silva destacou a importância da visita da Ministra. “É uma alegria a presença da Ministra Maria do Rosário aqui na Uergs, no momento em que reiniciamos a nossa caminhada rumo à recuperação e autosuficiência da nossa universidade. Vamos buscar cada vez mais a inserção na vida das pessoas desta Fronteira e também deste estado”, destacou.

Já o estudante Claudio Eduardo destacou a sua preocupação com a falta de professores na Universidade Estadual do Rio Grande do Sul. “Como estudante da Uergs, eu tenho uma tristeza profunda, pois a universidade não deixou eu me formar em tempo hábil, pela falta de professores. Isto é triste, pois a gente faz um vestibular com a perspectiva de que ao menos você tenha aula e se forme dentro do prazo previsto para conclusão do curso, e isso me foi furtado. Mas eu estou contente de fazer parte de uma instituição que tem como objetivo o desenvolvimento regional de forma sustentável”, explanou o jovem.

Um dos objetivos do convite era apresentar uma proposta para a ministra. O projeto corresponde à criação da casa familiar rural, que tem o intuito de inclusão e desenvolvimento de jovens e adultos através da educação. Para tanto, foram convidados representantes dos agricultores familiares de Livramento e uma representante dos assentados de Livramento.

Segundo avaliação, muitas das pessoas que estão assentadas não concluiram sequer o ensino fundamental e um grande número de pessoas não tem acesso a sequer um benefício do governo no que se refere à aposentadoria. Pelo projeto, a casa familiar rural deve levar a estas pessoas a possibilidade de buscar obter benefícios e avançar em seus estudos.

Já a ministra, quando fez uso da palavra, destacou que a luta da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República é em parceria com todos os órgãos que quiserem somar forças na busca por soluções.

“Este é um projeto que nós estamos tomando conhecimento agora e que de imediato nos pareceu bem favorável, pois vai de encontro com a meta que a presidenta Dilma nos pediu, que é de erradicar a miséria extrema. É interessante, porque a miséria extrema está nas cidades, mas também está no campo. Se a família no campo não tem condições de produzir efetivamente, por limitações da terra ou de acesso à tecnologia, realmente esta família passa a vivenciar uma situação de miserabilidade muito grande, com o agravante de dificuldade de acesso aos serviços. Nas cidades, mesmo que restrito, os serviços estão mais próximos para acesso das pessoas. Sejam serviços como educação e assistência”.

 

Situação de alerta

 

Uma outra questão relatada pela ministradiz respeito à grande parcela de crianças que não possuem registro civil de nascimento. “Este programa vai ser lançado no Rio Grande do Sul e, mais expecificamente aqui em Livramento, porque o Censo 2010 do IBGE registrou aqui na cidade o maior número de crianças entre zero e dez anos sem registro. Livramento é a cidade com maior número de crianças sem registro no estado. Podemos nos dar conta que por trás desta criança, existe uma família que não teve acesso à documentação básica e não pode, portanto, estar inserida dentro dos programas pessoais e de inclusão produtiva do nosso governo. Então, estes programas têm que interagir com estas pessoas. Nós, da Secretaria dos Direitos Humanos da República, vamos nos somar, queremos nos somar. O primeiro passo será o diagnóstico com apoio no campo educional do próprio Ministério da Educação, que atua junto da reitoria das universidades da região. A retaguarda da Uergs como instituição do estado e como universidade, e do Instituto Federal Farroupilha que já produz um diagnóstico da situação, serão importantes para a realização de nosso trabalho”, finaliza a ministra.

 

 

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