Comece hoje

Pelo menos, a partir deste fim de semana, já será possível a todos, o uso de um espaço público que era tido como dos mais belos da Fronteira de outrora – e ainda o é, embora precise restauração – a Praça dos Cachorros, como se tornou conhecida a praça General José Antônio Flores da Cunha.

É bem verdade que é da Administração Pública a obrigação de realizar a manutenção e a melhoria constante da qualidade visual da cidade – como fez, mesmo que tenha demorado muito, com a retirada dos tapumes da praça já citada na sexta-feira -, para uso tanto dos próprios locais, quanto por aqueles que chegam ao Município. Mas também é importante o envolvimento da comunidade como um todo nesse processo, já que o tema é melhorar a visão da cidade, aquilo que as pessoas enxegam, pois fachadas de empresas, residências e calçadas são de responsabilidade dos proprietários. Diz um ditado popular: “Quem ama o feio, bonito lhe parece”. Mas, convença-se o cidadão, por mais amor que se tenha por Sant’Ana do Livramento, não é possível dizer que se trata de uma bela cidade. Há, no mínimo, quatro elementos que precisam ser trabalhados: cores – quem sabe até chamando para uma parceria alguma grande rede de tintas em uma ação de marketing digna do Guiness (algo como o maior número de pessoas pintando ao mesmo tempo, enfim…); conserto e reconstrução (ninguém merece muretas, calçadas, paredes de concreto e alvenaria quebradas, despedaçadas); limpeza (não apenas no que tange a melhorar a grama aparada, caiar os troncos das árvores – se for o caso – realizar podas manejadas, colocar cestas e papeleiras de lixo, mas também evitar sujar as ruas, pois há uma orientação organizacional que diz: “O lugar mais limpo não é aquele que se limpa mais, mas sim o que menos se suja”. Por último, está a criatividade: há muito que pode ser feito, sendo a imaginação o limite, seja em termos de estruturas, pinturas, placas de orientações, entre vários outros elementos do composto urbano.

São ideias. Todas importantes e factíveis. A recuperação dos passeios na frente de cada residência, uma nova pintura, enfim, são formas através das quais cada cidadão pode contribuir. A melhoria da qualidade visual da cidade não é apenas mais um investimento obrigatório de quem exerce a Administração. Mais do que isso, é uma forma de embelezar a alma de seus cidadãos, renovando o prazer que eles sentem em viver na nossa Sant’Ana.

Assim, estimula-se a preservação e a cultura do cuidado cidadão das coisas da cidade. É importante que as crianças de hoje sejam educadas para desenvolver um modo de vida envolvido com a cidade onde vivem. Atos como o vandalismo, por exemplo, de quebrar bancos de concreto no parque Internacional são aberrações sociais. É totalmente contra o que ocorre hoje, pois claro que os cidadãos de bem realmente estão buscando, mesmo nas pequenas coisas, criar as condições adequadas para a melhoria da qualidade de vida em Sant’Ana do Livramento.

Uma cidade bonita, bem cuidada, não representa apenas uma questão de beleza, mas também contribui objetivamente para a elevação da autoestima da população. E isso faz girar o círculo da vida: o cidadão que vê – e gosta – da sua cidade mais bonita, certamente terá uma preocupação maior em cuidar dela. No mínimo, em não sujar, não estragar, não depredar. Tudo isso demonstra que as iniciativas individuais fortalecem o espírito comunitário, são importantes para o desenvolvimento social e econômico da cidade e devem ser entendidas até como um exemplo para que a própria sociedade em geral se envolva em uma verdadeira cruzada para o embelezamento.

Que tal começar hoje? Por você mesmo!

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