O fator econômico
Quando se trata de relações interpessoais, o modo como as pessoas se relacionam entre si faz parte da cultura em que vivem. Nada muda por decreto, ou porque alguém disse isto ou aquilo.
Chamar de negro não é ofensa. Ofensa é o tom com que se fala. Contra os negros não existe discriminação de cor. Negros e brancos se toleram, coexistem e convivem normalmente em sociedade. A discriminação que existe não apenas em relação aos negros, mas também em relação aos brancos, não é de cor, mas de asseio, inteligência, talento e situação econômica.
Porém, basicamente, a discriminação é econômica, porque daí se originam todas as demais conseqüências, inclusive a beleza e a fealdade.
A prova disto é a multidão de pessoas que comparece a um estádio para assistir a um cantor negro ou a uma cantora negra ou ao seu craque de futebol. Eles são mais amados e idolatrados por seus fãs do que pais e filhos.
Alguns ídolos negros, pelo que representam, são como deuses e deusas, e o charme e a beleza deles é serem justamente negros. Como se vê, aqui o racismo não existe.
Mas o que aproxima ou separa as pessoas ao ponto de se amarem ou se repelirem entre si, sejam brancas, negras, vermelhas e amarelas, é o fator econômico.
Luciano Machado