Viram como dá?!

Quanto você acha que um banqueiro consegue lucrar em seis meses?

Não, não! Jamais será possível baixar os juros. É impossível – diziam aqueles que ganham dinheiro com dinheiro dos outros, atribuindo a culpa ao, para muitos, Deus, chamado Mercado.

Bradando que era o mercado que não queria, não podia, não permitia, e não eles, financistas, ganharam dinheiro a rodo à custa do trabalho e do dinheiro dos cidadãos, durante décadas.

Será que daria para reduzir os juros?

Muitas variáveis podem interferir na resposta para esta questão, principalmente se o banqueiro em questão estiver estabelecido em um país de primeiro mundo, onde as regras de mercado são rigorosamente acompanhadas pelo governo e, sobretudo, onde a política de juros não privilegia o capital especulativo. Contudo, se o banqueiro for de algum país de terceiro mundo, onde os juros são absurdos e o crédito figura entre os mais caros do planeta, o lucro não deve ser pequeno.

Chega a ser inverossímil que em um país onde mais de 30 milhões de pessoas acordam todos os dias sem saber se terão o que comer, um único banco lucre quase R$ 700 milhões por mês. O valor representa um crescimento de 27,9% sobre os resultados obtidos pelo banco no mesmo período do ano passado, ou seja, está cada vez mais patente que há mais benesses para o capital especulativo brasileiro e, mais grave, ninguém pode, nem mesmo o governo, interferir no mercado para acabar com a agiotagem oficial praticada pelos banqueiros.

O Brasil é, legitimamente, uma ilha da fantasia para as instituições financeiras, as mesmas que pagam rendimentos mensais de R$ 0,45 para quem investe em poupança e cobravam juros de até 9,5%, no mínimo, para quem precisava de crédito.

No Brasil, continua prevalecendo aquela velha máxima que dinheiro traz dinheiro. Mas ela só vale para os bancos. No mesmo ritmo que batem recordes de lucro, os banqueiros demitem funcionários e automatizam as agências, fator que reflete diretamente na qualidade dos serviços prestados à sociedade. Sem ter para onde correr, o cidadão vinha pagando caro. Até que a vontade política – como nunca antes visto nos últimos 20 anos, no mínimo, – fez a diferença. A presidenta Dilma mandou – literalmente – Banco do Brasil e Caixa Federal cortarem os juros. No grito! Os alarmistas – muitos dos quais agentes do capital, que perde o ritmo de multiplicação – ficaram enlouquecidos. Vai quebrar o mercado! Vão fundir as instituições.

Qual nada!

A situação mostra uma realidade de que nem mesmo o impacto da redução de receita para o próprio governo foi suficiente para abalar as estruturas do sistema financeiro bancário no que tange as instituições privadas. Prova disso é que de muito má vontade, a contragosto, quase chorando em negativas, os bancos privados decidiram, depois de quase três semanas, reduzir seus juros. Mas cortaram “um pouquinho”, em relação ao que poderiam fazer. O resultado é que o consumidor, o cliente, percebeu isso.

Ficou comprovado que dá, sim!

Não ocorreu qualquer prejuízo de mercado em relação aos cortes de juros ocorridos.

O consumo flui.

Foi uma forma de desmascarar os que especulam e diziam não ser possível baratear o custo do dinheiro para as pessoas comuns.

Foi uma atitude muito pontual. Embora, valha considerar, que mesmo com os privados torcendo o senho, agora sim, é a vontade do cliente que prevalecerá na hora de escolher uma instituição financeira.

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