Quinta-feira, 19 de Abril de 2012

Atos que consolidam a agropecuária gaúcha

Participei, na semana passada, de dois eventos importantes para a agropecuária gaúcha. Em Poço das Antas, representei o governador Tarso Genro na inauguração do Frigorífico de Suínos da Languiru. E, depois, em Garibaldi, prestigiei as comemorações dos 100 anos da Cooperativa Santa Clara. De um lado, um novo empreendimento. E, de outro, um já consolidado. As semelhanças são que as iniciativas tem origem no sistema cooperativo e que ambas sinalizam o crescimento sustentado do agronegócio gaúcho. Nos últimos 16 anos, enquanto a economia do Rio Grande do Sul cresceu 36%, o agronegócio registrou um incremento de 70%. Isso, na minha opinião, muito se deve aos investimentos em modernização realizados pelo setor privado a partir da farta linha de créditos governamentais.

Fixação do homem no campo

O investimento da Languiru nesta nova unidade, que vai gerar 300 empregos diretos e que tem capacidade para processar até 2.500 cabeças de suínos por dia, foi de R$ 45 milhões, parte financiada pelo Governo do Estado. Dela sairão 100 produtos para comercialização em 30 países de quatro continentes. Projetos desta natureza, com o desenvolvimento econômico e social que geram, servem para fixar o homem no campo, especialmente os jovens, como bem demonstra pesquisa realizada entre os mais de 4,5 mil sócios desta cooperativa. Nos últimos anos, a média de idade dos seus associados diminuiu em cinco anos, caindo para 43 anos. Um bom sinal, sem dúvida.

Agregação de valor

Outro bom exemplo do que queremos para o nosso Estado vem da Santa Clara, cooperativa fundada há 100 anos por 17 pequenos agricultores da região de Carlos Barbosa. A transformação dos 600 mil litros de leite recolhidos em 94 municípios resulta no processamento de 242 milhões de litros do produto por ano. O trabalho de seus 1.450 funcionários resulta em receita anual de R$ 600 milhões de reais. A agregação de valor ao produto primário gera renda para a comunidade e para a economia de nosso Estado.

Mais recursos para o setor vitivinícola

Aprovamos, na última quarta-feira, no conselho do Fundovitis, a proposta do governo do Estado de investir mais de R$ 5,5 milhões de reais em sete projetos de fortalecimento da vitivinicultura. Um dos projetos buscará a revitalização de regiões vinícolas deprimidas do Vale do Jaguari, Quarta Colônia, Centro Serra, Alto Uruguai e Região de Planalto, com atendimento de 300 famílias. No Assentamento Abrindo Fronteiras, em Hulha Negra, executaremos o projeto Piloto de Uvas para Sucos e in Natura, que vai beneficiar 50 famílias, na busca de uma nova atividade produtiva. Destinaremos, ainda, recursos para a fixação e consolidação dos Vinhos da Campanha Gaúcha, tendo como principal objetivo tornar conhecida esta nova região e posicioná-la competitivamente como produtora de vinhos de alta qualidade. Outro projeto tem como proposta desenvolver o segmento do enoturismo em novos destinos turísticos para regiões que nunca receberam este apoio, situadas Vale do Jaguari, Quarta Colônia, Centro Serra, e região de Erechim e da Campanha. Também destinaremos recursos para reequipamento do Laboratório de Referência em Enologia do Estado e para o treinamento de 600 agentes de vendas, garçons e restaurantes da Metade Sul.

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