Diretor da Usina Eólica Cerro Chato explana sobre o momento da empresa e os novos investimentos

Grupo de empresários de vários setores e diretores da Acil assistiram palestra ontem ao meio-dia

Ao meio-dia de ontem, nas dependências do restaurante Solar Dom Pedro, foi realizada mais uma edição do Conta Quem Faz, um projeto de comunicação estabelecido pela Associação Comercial e Industrial de Livramento (Acil). No almoço empresarial compareceram algumas lideranças setoriais do município, nos diversos segmentos produtivos e de serviços, os quais assistiram ao diretor presidente da Usina Eólica Cerro Chato, o rosariense João Ramis, que assumiu em janeiro, substituindo Luiz Antônio Zanc e já está tocando a sequência dos projetos no entorno do parque, com prazo definido de término das obras: dezembro deste ano. Por enquanto o desenvolvimento das atividades ocorre em nível interno, devendo serem informados, em seus detalhes, de forma gradativa, ao longo dos próximos meses.

Os integrantes da diretoria da entidade promotora, receberam Ramis, que fez explanação a respeito dos mais diveros dados, traçando um retrospecto das medições de vento e comparando a constância dos mesmos. Ramis foi enfático ao afirmar que graças ao empenho e colaboração de todos, o empreendimento está tendo sucesso, cancelando uma legítima potencialidade:a geração de energia e o desenvolvimento andam de mãos dadas, não havendo possibilidade de dissociar um elemento do outro. De acordo com Ramis uma série de outros resultados faz-se refletir na economia local, a exemplo do que já começa a ocorrer, movimentando vários setores.

ENTREVISTA - João Ramis, diretor da UECC

A Plateia – Sendo natural de Rosário do Sul, como foi possível seu retorno à Fronteira?

João Ramis - Estava no Rio, como assistente da Diretoria de Planejamento e Engenharia da Eletrobras e aceitei o convite para voltar e ser diretor técnico da eólica cerro chato. Uma das coisas que pesou foi justamente o fato de estar na região, pois é importante na vida da gente. É bom considerar sobre o potencial eólico real que o município detém. Isso foi muito bem constatado já lá em 2002, quando na Secretaria de minas e Energia, nós executamos, no governo Olivio, elaboramos o atlas eólico gaúcho, com a coordenação do santanense Ronaldo Custódio. O conhecimento dele foi importante para colocar uma torre de medição de ventos na cidade. Sant’ Ana está bem representada no mapa eólico nacional, pois temos a eólica Cerro Chato I, II e III funcionando, gerando 90 MW de energia. As medições que temos efetuado correspondem às expectativas do projeto e a Eletrosul, com outros parceiros, inicia as obras de mais 5 parques que vão gerar mais 78 MW, 39 torres, até dia 15 de dezembro iniciarão em operação. Serão obras relâmpago, tendo o parque 160 MW e temos um projeto maior que esse na Coxilha Negra, já preparando para os próximos leilões.

A Plateia – E o leilão A -3 foi postergado?

João Ramis – Estava programado para março, porém, por determinação governamental, foi postergado para o período de junho a agosto, em data que será definida dentro em breve.

A Plateia – Quais são os investimentos das próximas etapas?

João Ramis – Serão aproximadamente R$ 300 milhões de reais a mais de injeção de recursos durante as obras da eólicas, novos cinco parques no entorno do cerro chato. São denominados Cerro Chato IV, V e VI, Ibirapuitã e Cerro dos Trindades. Esse recursos serão nesse ano, até o fim de 2012. Teremos movimentação de obras, recursos, bem como vários segmentos agregados.

A Plateia – Propaga-se o fomento às microeconomias setoriais?

João Ramis – Exatamente, tudo vai ser resultado da movimentação econômica com a alavancagem de recursos através das obras desses parques. Estamos falando só de investimentos de pespectivas da Eletrosul e seus parceiros, mas temos outros investidores com os olhos. Tenho certeza de que no próximo leilão deveremos ter surpresas mais do que agradáveis para Sant’ Ana, pois é um ponto mais do que bom épara a gereação de energia elétrica a partir da força eólica.

MANIFESTAÇÕES

Luiz Carlos Sant’Anna - Economista e Professor

A gente já observa pelo nível de investimentos, de construções e novas empresas que existe um crescimento na cidade. Temos um PIB crescente. Quando o santanense fala “a terra do já teve” eu me revolto. Isso é sinônimo de uma ignorância profunda, pois o PIB do município vem crescendo até mais do que o do Estado e nenhum gaúcho diz que o Rio Grande do Sul é a terra do já teve. estamos vendo esse crescimento e a usina eólica vai ajudar. Aliás, já está ajudando, porque o impacto dela não é de curto prazo. Vai levar, nessa etapa, de cinco a seis anos para que Livramento receba o retorno do ICMS, mas outros investimentos, a presença de funcionários e técnicos movimenta hotéis e restaurantes. Porque o santanense é tão cético com relação a sua própria comunidade? A gente vê as empresas de fora estão investindo e acreditando. Quem pode pensar que essas  empresas tem uma estrutura e tem dinheiro, não fariam um estudo de mercado para saber que aqui há dinheiro.

 

 

Sérgio Oliveira, presidente da Acil

Buscamos evidenciar o que tem de bom em Livramento, o que existe de potencial para ser desenvolvido, para gerar emprego e renda e buscamos trazer pessoas e empresas que estão investindo e verificando que existe uma grande capacidade produtiva no município. É nossa obrigação enquanto entidade e recentemente completamos 121 anos, uma data muito significativa, encorajarmos as pessoas, empreendedores, mesmo que sejam de fora. Isso nada mais é do que uma meta nossa como diretoria da Acil, uma entidade centenária. Precisamos cultivar cada vez mais. João Ramis, diretor presidente da Usina Eólica Cerro Chato, nos apresentou um panorama do que os bons ventos nos trouxeram e ainda vão nos trazer.

 

 

 

Wainer Machado – prefeito municipal

Aguardamos os novos parques com muita expectativa positiva. Para esse ano teremos em junho, um leilão. Temos quase 400 ou mais mega watts para disputar e com certeza, torna livramento como referência nacional de investimento na parte eólica. Hoje o que tem projetado é mais de 400, mas há uma parcela que não está pronta para a disputa. Já pediram explicações sobre como chegamos a ter esses parques e expliquei que trata-de de um contexto. Temos novas medições. Estamos preparados para licenciar até 10 mw. Será instituído o parque eólico Livramento, mantendo essa designação, passando a levar o nome da cidade sempre, o que serve como elemento para associar ainda mais a fixar o município como referência nacional nesse segmento.

 

 

 

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2 Comentários

  1. nelma cardoso menna

     Amigo Baqual podemos não ganhar em pib de ninquem massss estamos na luta,sobrevivemos a tempos muito feio e agora vamos que vamos um abraços

  2. Jose Rubem

    Mas o meu amigo LUIZ CARLOS SANTANA(FANDANGO) bairrista, continua o mesmo, mas nem que a vaca tussa o pib de SANTANA é maior que o do GLORIOSO RIO GRANDE, aqui por CAXIAS no bairro Desvio Rizzo tem uma verdadeira colonia de SANTANENSES, e continuam chegando aos montões, onde está a geração de empregos na nossa querida SANTANA, realmente o ditado prevalece SANTANA JÁ TEVE, um abraço a todos os conterraneos, BAGUAL.

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