Não falando de cinema

É mais ou menos clássica como, para os mais usados, aquela abertura do filme Star Wars. Sem a música incidental, claro, o que sugere que fique mais pontual. A tal crise nacional, parece finalmente ter dado um impacto digno de um phaser da nave de Luke Skywalker, para continuar relembrando a obra George Lucas, como gostariam os fãs de cinema..

Ora, como Star Wars, (aquele primeiro filme, lembram?) a crise na fronteira é antiga, velha, mas ainda muito atual. Atualíssima, diga-se de passagem. Ao contrário da película, não gera diversão a ninguém, gera até mais destruição do que aqueles combates no espaço e, pior, não tem apenas um vilão como o Darth Vader. O entretanto é justamente o fato de a crise estar arraigada muito mais no pensamento do que, especificamente, nas relações mercadológicas.

Em que pese haver um contra ataque do “império”, ao contrário da série de George Lucas, a crise é muito mais institucional e política, para não dizer tributária em que as empresas pagam muito e a população recebem aquém, em serviços, daquilo que deveria. Sem mencionar os rolos, desmandos e incompetências da Câmara dos Deputados e Senado.

Assim, em âmbito de Metade Sul, fica difícil do cidadão acreditar que não levará muito tempo para mudar a realidade do fronteiriço. Claro, agora não precisa mais que finquem as estacas para demarcar a fronteira e a divisa geográfica.

Quer uma prova disso? Veja a situação da saúde: quem tem possibilidades, tem atendimento condizente, prevenção, quem não tem, precisa enfrentar filas nos postos, esperar o médico chegar, disputando números. Pode o plantão pediátrico ser apenas à noite, a partir das 20h?

Pois é.

Da mesma forma, pagando tributos em demasia para sustentar o Estado e seu custo mirabolante, estão todos os cidadãos, em todos os segmentos.

Parece que, finalmente, como talvez não houvesse mais possibilidade de aguentarem tanta queixa, os figurões das escalas mais elevadas do governo federal estarão tomando conhecimento, de uma vez só – já que em doses homeopáticas não funcionou mesmo! – sobre a realidade do homem, da mulher e da criança de fronteira.

Talvez percebam que não há emprego porque não há dinheiro para contratação, em função do alto número e dos elevados valores de tributos que são pagos.

Claro que esse não é um motivo único, outros o acompanham.

O fato é que com as recentes medidas governamentais, fica evidente a necessidade de desoneração e, por mais que neguem, o próprio governo já percebeu isso. Percebeu e, pelo menos para 15 segmentos, já buscou tomar providências, segundo é possível perceber no recente pacote.

Ficou evidente para Dilma e sua equipe econômica que no Brasil está havendo uma guerra, diferente dos filmes como o já citado acima.

Se essa guerra for compreendida como é, realmente, talvez seja possível que exista uma mudança. Não ao estilo do transmutador cósmico dos ficcionistas, mas real, efetiva e, sobretudo, que impacte positivamente sobre os cidadãos que moram aqui.

Talvez se, real e efetivamente, na prática, para valer mesmo,entenderem que os municípios estão como Chewbaccas sem pelos, desnudos financeira e operacionalmente, possam compreender que é preciso incentivar uma nova realidade para a gente do lado de baixo do mapa do Brasil.

Tomara que não se trate de mais uma reunião daquelas em que o herói e a princesa comparecem frente ao vilão para serem execrados.

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