A primeira mudança

Algumas perspectivas são positivas quando se trata de negócios na Fronteira Oeste.

Livramento tem seus parques eólicos, por exemplo, que já injetaram recursos na economia, movimentando a construção civil e ainda injetarão, mas o resultado mais efetivo será no orçamento do município no médio a longo prazo, permitindo dotar o município da infraestrutura urbana tão necessária, dependendo do pensamento dos gestores futuros.

Para aqueles que apostavam na recuperação gradativa dos municípios que compõem essa importante região do Estado Gaúcho, vale frisar: todo o processo é lento e gradativo, pois as perdas foram significativas.

Sant’Ana do Livramento, Alegrete, Quaraí, são municípios cujas potencialidades vêm sendo evidenciadas com o passar dos dias. Alguns estão tendo investimentos em maior ou menor escala, mas, sobretudo, volta à cena a questão referente à relação entre a prática e a teoria.

Um grande problema, persistente em Livramento, é o próprio conceito existente na cabeça dos cidadãos: de que não tem mais recuperação, não há jeito, tem que sair para progredir, as oportunidades são muito escassas.

É uma meia verdade, haja vista que questões culturais estão muito arraigadas, como o fato das pessoas ainda buscarem um bom emprego e não pensarem em tornarem-se empregadoras. É difícil, bem verdade, mas não impossível.

A mudança de pensamento gera a modificação da atitude e, esta vale para toda a região, pois poucas são as diferenças culturais entre os cidadãos da faixa de fronteira.

O fato é isso, e merece ser analisado – que enquanto bloco econômico, esses municípios consignam potencialidades que precisam ser exploradas. Aí tem razão uma interessante mídia do Sebrae, quando enfoca atitude.

Talvez nesse ponto seja preciso redimensionar às necessidades a ponto de fomentar em maior escala a prática de atitudes.

E isso não vale para este ou aquele município ou para determinado cidadão. Vale para o conjunto, para a coletividade.

Atitude precede a mudança. E, quando se fala em mudar, significa alterar positivamente o estado de coisas que incide diretamente na vida de todos os cidadãos, independente da profissão, credo, cargo ou função que exerçam.

Mudar o pensamento, mais do que um fundamento básico que entra para o rol dos requisitos como ponto central da reciclagem necessária para gerar concretizações que signifiquem desenvolvimento.

O fato é que essa ciranda de realidade está acontecendo, está chegando a Sant’Ana. Atingiu a Fronteira Oeste. Atitude é a essência da coisa.

Do contrário, será que Sant’Ana pretende continuar exportando mão de obra para Vacaria, por temporadas para Caxias do Sul, para Santa Catarina, outras cidades ou estados, separando cidadãos – por necessidade – de suas famílias residentes aqui?

A primeira atitude é pensar nisso. A segunda, organizar às possibilidades de execução.

Isso é válido para os jovens, pessoas de meia idade e até mesmo os de idade mais avançada, pois é fato que todos devem ser participativos, protagonistas do processo, não coadjuvantes ou mera assistência.

Possibilidades existem e hoje há apoio científico para tanto, haja vista as presenças das universidades, por exemplo. É uma questão de foco e iniciativa.

Antes, porém, é preciso firmar convicção para iniciar.

 

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