Bacalhau ainda é o prato preferido dos santanenses na Sexta-Feira Santa

Variação do valor do produto ainda é grande, conforme a sua procedência,mas o costume de consumir o produto ainda é maior

Busca pelo bacalhau é constante neste semana que antecede a Sexta-feira Santa, mantendo a tradição

O cultivo as tradições ainda fala mais alto, principalmente quando a questão envolve hábitos de cunho religioso, como o caso da semana santa. Apesar da diferença prática em estabelecimentos comerciais da cidade as opções são variadas e atendem a todos os bolsos.

Conforme foi constatado pela reportagem do jornal A Plateia, é possivel que uma família consuma peixe na Sexta-Feira Santa gastando a partir de R$ 4,80 centavos adquirido um kilo de peixe espada, in natura.

Uma das opções mais buscadas depois do bacalhau é o filé de Merluza que tem seu preço médio fixado em R$ 10,98 nos estabelecimentos verificados.

O bacalhau do porto, produto mais nobre apresentado a mesa dos consumidores tem valores elevados e muitos supermercados optaram pela condição de parcelar o produto e seus acompanhamentos para garantir a venda.

Entrevistadas algumas consumidoras destacaram quais suas impressões sobre o produto e também das opções ao consumo do bacalhau, uma vez que a maior queixa recai sobre o valor do produto.

A professora Jandair Pereira, destacou que consome bacalhau mais por constume do que por qualquer outra questão que venha a influenciá-la, “temos o costume de comer nesta época, assim como a grande maioria das pessoas, mas nada que diga que não se vá consumir carne, isso para mim não passa de histórias ou lendas, mas respeitamos a crença de cada um. Mas na nossa mesa sempre temos bolinho de bacalhau, arroz com bacalhau, salada com bacalhau entre outras variações. Mas nada impede que façamos pratos com camarão, ontem mesmo fizemos panqueca com camarão” destaca a professora.

Apesar de consumir o produto, poucas pessoas conseguem relatar qual a origem do peixe símbolo do consumo na semana santa.

Bacalhau é o nome comum para o tipo de peixe do gênero Gadus, pertencente à família Gadidae, sendo o dito “original”, ou “verdadeiro”, o bacalhau encontrado no mar Atlântico, chamado (Gadus morhua), que é uma das cerca de 60 espécies da mesma famiília de peixes migratórios.

Os Gadus vivem nos mares fríos do norte, sendo geralmente de tamanho pequeno, embora alguns exemplares possam chegar a pesar 100 kg e medir pouco menos de dois metros. Alimenta-se de outros peixes menores, como o arenque. Outros peixes salgados e secos também são comercializados com o nome genérico de bacalhau como o Gadus virens ou Pollachius virens (Saithe), o Molva (Ling) e Brosmius brosme (Zarbo). Todas estas variações também são encontradas aqui na cidade, em supermercados, como opção para os consumidores.

Opções e acompanhamentos surgem a cada ano para atender aos consumidores
Preços elevados para o Bacalhau da Noruega, que é o tipo mais nobre encontrado,fez com que surgissem novas opções de consumo para o almoço da sexta-feira

Consumidores reclamam dos altos preços praticados por produtos derivados do peixes, e especificamente do bacalhau

O preço alto do bacalhau Noruega ou do Porto, que são os mais requintados e tradicionais parece assustar só em um primeiro momento aos consumidores santanenses. Conforme o gerente de um dos supermercados visitados, só na cidade, a rede vendeu aproximadamente 10 toneladas de peixe, se somadas as suas seis filiais, e estes números foram constatados somente até o último final de semana. Apontando para o crescimento no consumo nos dias que antecedem o feriadão de páscoa. Buscamos aqui algumas dicas para que nossos leitores possam identificar se estão realmente comprando um bacalhau de procedência ou somente “peixe salgado”.

Você saberia identificar o verdadeiro bacalhau do Porto?

A cor do Legítimo é “palha”, ou seja, meio amarelada. Desconfie do bacalhau “branquinho”.

A pele do Legítimo sai com facilidade, descolando-se da carne assim que puxada, ao contrário do macrocephalus.

A cor do rabo e barbatanas é uniforme, no macrocephalus, existe uma espécie de “bordado” branco nas extremidades.

Qual o prazo de validade do bacalhau?

O prazo de validade do bacalhau está relacionado à cura: quanto mais curado, maior a validade. Mas podemos estabelecer com certa margem de segurança que o bacalhau salgado e seco, corretamente armazenado ( refrigerado entre 2 e 5 º C ), tem prazo de validade de 12 meses.Se armazenado em refrigeradores entre 5 e 15º C, prazo de validade de 6 meses, e depois de dessalgado e congelado, prazo de validade de 12 meses.

Siga os passos corretos para dessalgar o bacalhau

Peixes industrializados são opção para quem não quer gastar muito

Retire o excesso do sal no início do dessalgue.

Coloque o bacalhau em postas ou desfiado dentro de um vasilhame sob um fio de água corrente durante 10 minutos, para retirar o excesso do sal. Dessalgue o bacalhau dentro da geladeira. É muito importante dessalgar o bacalhau dentro da geladeira. Não se preocupe, pois o bacalhau não exala cheiro quando está imerso em água gelada. Dessa forma, o bacalhau vai ficar tenro e consistente. Se dessalgado fora da geladeira, o bacalhau vai exalar forte cheiro, podendo pré-cozinhar e até estragar, principalmente nos dias mais quentes. Verifique o tamanho das postas para saber o tempo de dessalgue. A seguir você encontra as trocas de água que são necessárias para cada tamanho. Mas para ter certeza do ponto certo de sal que você deseja obter, prove o bacalhau durante as duas últimas trocas de água.

Postas pequenas – trocar a água de 6h em 6h, durante 24-30h

Postas médias – trocar a água de 6h em 6h, durante 30-36h

Postas largas – trocar a água de 6h em 6h, durante 36-42h

Bacalhau desfiado (lascas grandes) – trocar a água de 3h em 3h, durante 6h-9h (cuidado, porque o bacalhau desfiado dessalga muito rapidamente, dependendo do tamanho da lasca e da quantidade de água ).

Dica: se o bacalhau ficou mais salgado do que o esperado, cubra-o com leite fervente e deixe-o de molho por 20 a 30 minutos.

Na edição desta quarta-feira confira receitas de pratos com peixes na edição do jornal A Plateia. Abaixo um comparativo dos preços praticados em três supermercados da cidade. Preservamos o nome dos estabelecimentos por a pesquisa não visa influenciar a decisão de compra de nossos leitores e sim levar ao conhecimento dos mesmos, o preço médio praticado no comércio local.

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