Peculiaridade

Diferença é, talvez, a principal característica de Livramento e Rivera e, ainda assim, com elementos comuns, iguais, gêmeos até. Mas, irmandade, não significa igualdade de pleno. Até mesmo dois irmãos gêmeos siameses são diferentes em vários aspectos.

A situação aqui traduz as diferenças. É mais difícil ganhar dinheiro… Mas, ao mesmo tempo, não é possível encontrar alguém que faça uma limpeza de pátio, função que não denigre ninguém, mas que a maioria não deseja fazer.

Há os convictos de que Livramento está dando certo.

Há quem não acredite na fronteira. Sabem como é?! A crise, coisa e tal… A situação está feia! As vendas andam em baixa! Não vai dar certo! Além disso, o poder aquisitivo da cidade é muito baixo. Pena, né?!

Pois estas são as frases que não se ouve da boca de pessoas que já foram empreendedoras. Surpreendem quando falam, desestimulando e buscam justificar dizendo que os tempos eram outros.

Quando o tema é investir, deveriam ser os primeiros a gerar oportunidades para outrem e, consequentemente, para eles próprios.

As frases acima, infelizmente, estão entre as mais ouvidas nesta fronteira chamada da Paz, que vive uma guerra diária pela sobrevivência de sua gente. O mais curioso é que aqueles que não pronunciam frases como esta estão chegando gradativamente à fronteira, instalando suas empresas, visualizando potencialidade de ganhar dinheiro.

Duvida?

Há quem plante cevada e cana de açúcar, trigo e soja. Há quem invista no gado de leite e no gado de corte. Há quem já tenha plantado áreas de florestação. Deixe-se o meio rural de lado, apenas para comprovar que no lado povoeiro também acontecem situações assim.

A crise chegou à fronteira!

Realmente.

É de se constatar que é uma crise voraz, preconceituosa, cheia de horrorosas consequências. Não! Não se trata da crise de recessiva registrada nos Estados Unidos, seus bancos e imobiliárias.

Tampouco a crise do petróleo. Ou aquela que atesta a disparada do dólar como elemento vital da quebradeira, dos altos e baixos das bolsas. É a crise mental. Crise de criatividade. De falta de geração de oportunidade. De medo de fazer acontecer. É… Uma crise de porte. Da falta de vontade e da pouca visão. É a crise iminentemente local, que gera transtornos por um motivo muito simples: falta de capacidade criativa que, infelizmente ainda faz parte do contexto e precisa ser banida. Afinal, há possibilidade de negócios, sim e a própria fronteira sabe disso.

Vale reforçar o lembrete: este é um ano de eleições, mas não são apenas os políticos detentores de cargos públicos – são também os cidadãos os responsáveis pelo preparo do progresso e sua implantação.

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