“O Rio Grande do Sul fará a Copa com tranqüilidade. Sempre confiei nisso”. Aldo Rebelo, ministro do Esporte, depois do contrato assinado entre Inter e AG
BRASIL X ESPANHA
O governo de Dilma Rousseff já começou a dar o troco às autoridades espanholas pela forma como os turistas brasileiros continuam sendo tratados no Aeroporto Internacional de Madri. Nos últimos 20 dias, dez espanhóis foram mandados de volta à Espanha assim que desembarcaram nos aeroportos de Guarulhos (SP) e Tom Jobim (RJ).
O saldo humilhante de voltar para casa ao desembarcar, no entanto, ainda é dos brasileiros. Em cinco anos, mais de cinco mil brasileiros viveram esse desconforto e, em alguns casos, achincalhamento por parte da polícia federal espanhola que prendia turistas por uma simples suposição ou suspeita de que poderiam ficar clandestinamente no país.
Foram tantas situações de constrangimento que Brasil e Espanha, oficialmente, assinam no próximo dia 2 de abril um acordo de reciprocidade de tratamento para turistas brasileiros e espanhóis, cumpridas as exigências legais e formais aplicadas nos principais aeroportos internacionais.
Os espanhóis que foram barrados em Guarulhos e no Tom Jobim acreditam que o governo brasileiro determinou uma retaliação nos moldes aplicados pela Espanha, depois do incidente com a senhora Dionísia da Silva, 77 anos, detida por três dias e três noites no aeroporto de Barajas. Dona Dionísia pretendia visitar sua filha que vive na Espanha, mas não tinha a tal carta-convite para hospedagem que as autoridades espanholas exigem para quem vem visitar o país nessas condições.
Dona Dionísia sequer viu a filha que vive como clandestina na Espanha, apesar de ter solicitado sua permanência legal, mas de ainda não ter a documentação solicitada. Quando as autoridades em Barajas souberam da situação da filha e que a senhora de 77 anos tinha apenas 70 euros na bolsa decidiram mandá-la de volta ao Brasil. Quem tentou cuidar do caso foi a neta de dona Dionísia, em situação legal, mas não convenceu às autoridades.
Surpreendentemente, o mais influente jornal espanhol El País saiu em defesa dos brasileiros com uma reportagem de duas páginas afirmando no título:”Não são imigrantes, são turistas”.O jornal pediu mais compreensão aos turistas brasileiros que já estão ficando famosos no mundo como grandes consumidores por onde passam.
A Espanha tem no turismo a sua principal receita orçamentária e em plena crise econômica e de desemprego não pode abrir mão de um fluxo turístico vindo do Brasil que aumenta a cada ano. É bem provável que a partir da assinatura do acordo no próximo dia 2 de abril, a situação mude para os turistas que viajam á Espanha. Desde que sejam turistas com passagens de ida e volta, hospedagem confirmada e euros de acordo com o tempo de permanência no país.
DIÁLOGO
A embaixada espanhola em Brasília, através do diplomata Juan José Buitrago, afirmou que seu país está com uma imagem injusta no Brasil pelos incidentes com turistas brasileiros. Ele acredita que tudo ficará resolvido assim que o acordo for assinado. “Temos excelentes relações bilaterais”, disse.
OPINIÃO DIVIDIDA (1)
Um internauta ao ler a notícia sobre os brasileiros barrados na Espanha escreveu o seguinte: “Em dezembro a polícia do aeroporto de Barajas só liberou a minha entrada e de minha namorada quando ela disse que era funcionária do Banco Santander, depois de responder muitas perguntas. A Espanha (sem querer ser preconceituoso) é um povinho metido a besta. Telefônica, Santander e Ibéria ‘tão’ aí para mostrar os belos serviços prestados”.
OPINIÃO DIVIDIDA (2)
Outro internauta não condena o procedimento espanhol: “Somente são barrados brasileiros ‘suspeitos’. Gente com bagagem mínima, de sandálias havaianas, camiseta regata e bermudas. Nunca fui barrado em Madri. Infelizmente, a notícia não mostra o ‘naipe’ daqueles que são impedidos de entrar na Espanha”.
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