Um minuto de silêncio e de indignação

Servidores do Fórum pararam ontem, às 16h30, para prestar homenagem à juíza morta no RJ

Servidores se uniram em oração para lembrar o fato ocorrido sexta-feira passada, na cidade de Niterói-RJ

Silenciosa, reverente, pertinente, porém, sem perder o tom de indignação que ronda os operadores do direito em Sant’Ana do Livramento e em todo o país e que não esmorecem diante das dificuldades de fazer um Poder Judiciário cada vez mais forte e justo. O combate à criminalidade, em suas diversas frentes, sofreu um golpe na última sexta-feira, quando um ataque sem chances de defesa, culminou com a execução da Juíza carioca Patrícia Acioli, na cidade de Niterói, no Estado do Rio de Janeiro. A magistrada foi morta na porta de casa, quando chegava em seu veículo. A indignação e revolta também tomou conta dos servidores que atuam no Fórum de Sant’Ana do Livramento e que ontem realizaram uma manifestação silenciosa na frente do prédio. De mãos dadas, todos os servidores, incluindo técnicos, promotores, advogados e juízes, uniram-se e de mãos dadas rezaram um Pai Nosso em homenagem à memória da juíza assassinada.

Ainda nesta semana, em entrevista ao Jornal A Plateia, a juíza da Vara Criminal, Tânia da Rosa, que se despediu de Livramento depois de 19 anos, havia sido questionada sobre os riscos da profissão. Em sua resposta, ela disse que nunca sofreu qualquer tipo de ameaça na Fronteira.

A carreira Marcada para morrer

A juíza Patrícia Acioli estava em uma lista de doze pessoas marcadas para morrer, segundo investigadores. O documento foi encontrado com Wanderson da Silva Tavares, o Gordinho, acusado de ser chefe de uma milícia em São Gonçalo, preso em janeiro deste ano em Guarapari, no Espírito Santo.

De acordo com fontes da polícia, nos últimos dez anos a juíza foi responsável pela prisão de cerca de 60 policiais ligados a milícias e a grupos de extermínio.

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