Escola mais viva

Merece efusivos elogios a mudança no alcance da educação no ensino médio proposta pelo Governo do Estado para todo o Rio Grande do Sul, com o objetivo de integrar-se e apoiar a formação técnica da comunidade. Trata-se de um modo objetivo de provocar uma relação mais efetiva entre os instrumentos de educação e os educandos, fundamentalmente proporcionando uma maior preparação e qualificação para a vida. É a escola aprendendo a exercer o conceito que lhe é atribuído na essência. Sim, pois educar é um conceito de muitas faces, um processo de aprendizado. Aprender a educar remete à continuidade. Continuar adquirindo conhecimentos para transmití-los. Afinal, o professor não é mais o sabe-tudo que simplesmente enuncia, fala, ele participa, age e interage com o aluno.

Partindo para a escala macro, o templo do aprendizado, a escola forja uma reflexão sobre seu papel de templo da aquisição de conhecimentos, ultrapassando as linhas que traça a geografia, multiplicando com aplicação matemática, a diversidade da cultura, do folclore e dos demais componentes da história; partindo para uma educação moral, cívica, física, formando, com o conceito de cidadania, a essência do cidadão que, pela investidura que a sociedade lhe confere, evolui, se assim entender tratar-se de seu caminho, para novo estado social, pessoal e profissional. Há um elemento agregado de fundamental importância que a escola, formal, mantinha incorporado, porém, durante a semana, no dia-a-dia de educandário e isso vem desde os tempos da hora do recreio ou hora da merenda. Trata-se do estímulo à descontração, dos jogos de vôlei, de basquete, de futebol, à educação física preparatória ou ainda as corridas, as pescarias de São João ou, em alguns casos (em menor escala) bailinhos de antanho. Atividades não curriculares ou extras eram, nos anos 70 e 80, inclusive, estabelecidas pelas ações dos grêmios estudantis que, ainda com a ideologia escolar, tomavam partido na sadia arte de providenciar ações de lazer, divertimento.

Vale considerar que naquele tempo, a droga que circulava perto das escolas era em pequena escala, assim como, no interior dos educandários, era pouco provável que fosse consumida. Nos idos antigos, ouvir que “fulano havia sido pêgo tomando drogas” era uma notícia mais do que alarmante, fazia abrir a boca de espanto, pavor e, sobretudo, indignação, pois ninguém gostava das tais drogas.E o popular cigarro, o comum, era uma delas; coisa de adulto. Havia brigas, como em qualquer tempo houve, porém, no recreio ou na saída; aliás, se dois guris peleassem no recreio, na saída já estavam jogando bola juntos, uma ínfima parte ia parar no Soe, o Serviço de Orientação Escolar. A proposta demudança nas metodologias de ensino propõe-se a resgatar um pouquinho disso e agrega outros valores, fazendo com que a escola passe a otimizar ainda mais sua estrutura e sua missão, especialmente para fazer com que aqueles que estão se preparando para somar na sociedade produtiva deixem os bancos escolares cada vez melhor preparados para ajudar no desenvolvimento econômico e social da população.

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