Trabalhos do Júri começam a partir das 9h, com oitivas das testemunhas

Juiz Frederico Menegaz Conrado

Para os familiares da professora Deise Charopen Belmonte, que foi brutalmente assassinada em agosto de 1998, esta terça-feira (28) poderá ser de resposta para um caso que deixou marcas na sociedade santanense, assim também como outros crimes considerados sem solução até o momento na cidade.

Já para os familiares do acusado, Edson Reina, o Xirica, um fardo da culpabilidade que vem lhes acompanhando todos estes anos e que poderá, também, acabar de forma cabal, dependendo da decisão dos Jurados, que terão em suas mãos um crime duplamente qualificado.

A semana foi de preparação para os profissionais que irão atuar, a partir das 9h, no Tribunal do Júri, em Sant’Ana do Livramento, seja na defesa, onde atuarão Fernando Góes e Filipe Góes; seja na acusação, com os advogados Luis Eduardo D’Ávila e Victor Hugo Argiles, os quais estarão dando assistência ao promotor de Justiça José Eduardo Gonçalves, que representará o Ministério Público.

O julgamento será presidido pelo juiz de direito, Frederico Menegaz Conrado, que pretende conduzir o júri até o início da madrugada seguinte, se for necessário.

Assim que forem abertos os trabalhos no tribunal, serão sorteados sete jurados entre os 25 presentes. O advogado de defesa e o promotor podem negar, sem justificativa, três jurados cada.

Na sequência, ocorre a leitura de trechos do processo, como provas recolhidas durante a investigação.

Serão ouvidas as seis testemunhas arroladas no processo criminal.

Terminada esta etapa, o julgamento parte para o que os operadores do Direito consideram de mais interessante, que são os Debates, entre defesa e acusação, o que poderá levar cerca de cinco horas.

A primeira a falar é a promotoria, que terá uma hora e meia para convencer os jurados de que o réu é culpado. Em seguida, a defesa terá também uma hora e meia para expor uma tese oposta. Se achar necessário, a acusação pode falar por mais uma hora. É a réplica. E, nesse caso, a defesa tem direito à tréplica de mais uma hora.

Findando mais esta etapa do julgamento, o Conselho de Sentença reúne-se para votação e o Juiz, com base nesta votação, aplica a sentença condenatória ou de absolvição.

 

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