Praça Internacional: 69 anos unindo dois povos
Marta Pujol falou sobre a importãncia da praça Internacional para os dois povos: brasileiros e uruguaios
Evento festivo uniu brasileiros e uruguaios que compõem a Comissão Binacional da Cultura
Uma extensa programação marcou o aniversário da praça Internacional, que há 69 anos une os dois povos de Livramento e Rivera.
Organizado pela Comissão Binacional da Cultura, composta por 35 instituições brasileiras e uruguaias o evento festivo teve início na tarde de domingo quando uma exposição fotográfica Praça Internacional, ontem e hoje foi apresentada a brasileiros e uruguaios.
A integrante da Comissão Binacional e uma das idealizadoras do evento Marta Pujol, ao fazer uso da palavra enfatizou a importância do local. “Precisamos fomentar nos fronteiriços a magnitude do significado dessa praça para todos nós e o quanto ela é importante na história de nossos povos.”-falou.
Logo após a exposição foi realizada a doação de 263 livros distribuídos para a escola n° 124 da cidade de Tranqueras e para a Escola estadual Moises Viana de Livramento. A ação fez parte do projeto Compartilhando Letras que teve início no ano de 2011.
Integrantes da Comissão Binacioal de Cultura, organizadora do evento
69 anos de história
No início do século 20, onde hoje é a praça Internacional, havia o Areal, espaço usado para a prática de esportes. As competições esportivas de tênis, pólo a cavalo e futebol atraiam o público de ambas as cidades. Em 1940 o marco de divisa mostrava o último ponto onde o divisor de águas (método usado para demarcar a fronteira) conseguia ser localizado, pois a partir dai, no Areal, as águas se uniam. Na impossibilidade de dividir, surge a ideia da praça Internacional, como forma de demarcar os territórios de Sant’Ana do Livramento (BR) e Rivera (ROU). Uma ideia extraordinária: une-se para separar.
Pedro Silva, do departamento de cultura da cidade de Tranqueras estava recolhendo assinaturas de apoio para transformar o parque em patrimônio histórico do Mercosul
A Fonte Luminosa, em 1958, com a beleza do bailado das águas coloridas reunia a população das duas cidades, onde as famílias desfrutavam de um convívio social e as crianças brincavam e onde estavam sempre presentes o pipoqueiro, o sorveteiro, a carrocinha de rapadurinha de amendoim, o fotógrafo e o vendedor de algodão doce. Em meados dos anos 70 as famílias fronteiriças desfrutavam da beleza e tranquilidade de uma passeio pela praça Internacional.
Conforme o historiador Ivo Caggiani, o parque foi projetado em três planos. No primeiro, está o monumento. No segundo, há uma Fonte Luminosa, com águas dançantes, signo da igualdade. No terceiro está a base e sustentação do conjunto, a Estátua da Mãe que segundo o historiador representa a pureza com que sonha a humanidade.”
Livro sobre a praça Internacional foi relançado durante o evento pelo Rotary Club Integração Livramento
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