Exército comemora aniversário da tomada de Monte Castelo

A organização militar de Cavalaria desenvolve as comemorações do transcurso do 67° Aniversário da Tomada de Monte Castelo

“A melhor homenagem aos heróis mortos em combate na Itália é a assistência e o respeito a seus companheiros vivos”.

A frase, cunhada pelo marechal Mascarenhas de Moraes, comandante da Força Expedicionária Brasileira (FEB) sintetiza o motivo da homenagem que estará sendo realizada no quartel do Regimento Brigadeiro Vasco Alves Pereira, no dia 24 de fevereiro, a partir das 10h. É a celebração de uma ação de destaque do Exércio Brasileiro, com a tomada de Monte Castello, segundo destaca o tenente coronel Paulo Maurício Rizzo Ribeiro, comandante do 7° Regimento de Cavalaria Mecanizado.

A organização militar de Cavalaria desenvolve as comemorações do transcurso do 67° Aniversário da Tomada de Monte Castelo, pela Força Expedicionária Brasileira (FEB) em campos da Itália, por ocasião da II Guerra Mundial. “Informamos à comunidade santanense que a formatura ocorrerá no Pátio de Formatura Ten. Cel. José Ricardo Abreu Salgado. “Desde já, este Comando agradece a atenção e o apoio incondicional da comunidade Santanense” – sintetiza o comandante.

A Batalha de Monte Castello foi travada ao fim da Segunda Guerra Mundial, entre as tropas aliadas e as forças do Exército alemão, que tentavam conter o seu avanço no Norte da Itália. Esta batalha marcou a presença da Força Expedicionária Brasileira (FEB), com duração de três meses, de 24 de novembro de 1944 a 21 de fevereiro de 1945, durante os quais se efetuaram seis ataques, com grande número de baixas devido a vários fatores, entre os quais as temperaturas extremamente baixas. Quatro dos ataques não tiveram êxito, por falhas de estratégia.

A FEB estava alinhada à 10a Divisão de Montanha do Exército dos EUA. Em novembro de 1944, a 1ª Divisão Expedicionária do Exército Brasileiro (DIE) desviou-se da frente de batalha do Rio Serchio, onde vinha combatendo há pelo menos dois meses, para a frente do Rio Reno, na Cordilheira Apenina. O então general Mascarenhas de Moraes, havia montado seu QG avançado na localidade de Porreta-Terme, cuja área era cercada por montanhas sob controle dos alemães, este perímetro tinha um raio aproximado de 15 quilômetros.

As posições alemãs eram consideradas privilegiadas e submetiam os brasileiros a uma vigilância constante, dificultando qualquer movimentação. Estimativas davam que o inverno prometia ser rigoroso, além do frio intenso, as chuvas transformaram as estradas, já esburacas pelos bombardeiros aliados, em verdadeiros mares de lama.

Coube aos brasileiros a responsabilidade de conquistar o setor mais combativo de toda a frente Apenina.

O ataque começou às 6 horas da manhã, o Batalhão Uzeda seguiu pela direita, o Batalhão Franklin na direção frontal ao Monte e o Batalhão Sizeno Sarmento aguardava, nas posições privilegiadas que alcançara durante a noite, o momento de juntar-se aos outros dois batalhões. Conforme descrito no plano Encore, os brasileiros deveriam chegar ao topo do Monte Castelo às 18 horas, no máximo – uma hora depois do Monte della Torracia ser conquistado pela 10ª Divisão de Montanha, evento programado para as 17 horas. O 4º Corpo estava certo de que o Castelo não seria tomado antes que Della Torracia também o fosse.Entretanto, às 17h30, quando os primeiros soldados do Batalhão Franklin do 1º Regimento conquistaram o cume do Monte Castelo, os americanos ainda não haviam vencido a resistência alemã. Só o fariam noite adentro, quando os pracinhas há muito já haviam completado sua missão, e começavam a tomar posição nas trincheiras e casamatas recém-conquistadas. Grande parte do sucesso da ofensiva foi creditada à Artilharia Divisionária, comandada pelo general Cordeiro de Farias, que entre 16h e 17h do dia 22, efetuou um fogo de barragem perfeito contra o cume do Monte Castelo, permitindo a movimentação das tropas brasileiras.

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