Pesquisador santanense é um dos coordenadores do projeto para melhorar qualidade da carne de cordeiro

O santanense Albite chefia a Divisão de Validação de Tecnologias, Produção e Prestação de Serviços da Fepagro

Dois dos grandes problemas enfrentados pela cadeia produtiva de ovinocultura são a falta de qualidade da carne e a sazonalidade na produção de cordeiros. Desde o dia 19 de janeiro deste ano, foi iniciado o projeto Sistemas de alimentação de cordeiros para a produção de carne de qualidade no outono: redução da sazonalidade de produção associado à sustentabilidade ambiental e econômica, em uma parceria entre a Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). O projeto está sendo desenvolvido no Centro de Ensino e Pesquisa em Ovinocultura (Cepov), na Fepagro Viamão. No local, pesquisadores farão estudos que tiveram quase seis anos de planejamento e preparação. O trabalho irá avaliar os diferentes sistemas de alimentação de cordeiros terminados em pastagem de verão, para a produção sustentável de carne ovina de qualidade no outono.

- Durante o período em que a ovinocultura no RS era destinada exclusivamente à produção de lã, o pouco consumo que havia era de animais de descarte, velhos e de baixa qualidade e que já não respondiam quanto à produção de lã – relata o chefe da Divisão de Validação de Tecnologias, Produção e Prestação de Serviços, Flávio Conde de Albite, médico veterinário, que é santanense.

Essa conjuntura criou uma rejeição do consumidor à carne de ovelha. Com a entrada do fio sintético no mercado, seu consumo ficou ainda mais restrito. A carne de cordeiro será apresentada como alternativa econômica, reconhecendo nos ovinos uma espécie que completa o manejo de pastagens quando consorciado com o gado, acreditam os pesquisadores.

A pesquisa multidisciplinar é coordenada pelos pesquisadores da Fepagro, Zélia Maria de Souza Castilhos e Flávio Conde de Albite, responsável pela unidade de pesquisa em Viamão e pelo engenheiro agrônomo e professor da Ufrgs, Cesar Poli.

Também participam cientistas da Universidade Federal do Paraná e da Ufrgs.

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