O que vem por aí

Março já está próximo. Mês dos desfechos na política local. Período do fim das articulações e início das ações, de fato. Bem, a quetão é que o povo, o cidadão, não acredita mais em algumas coisas. Uma delas é a política. Esse conceito, de forma global, elimina a essência do próprio sistema de realizações e concretizações na relação entre Estado e cidadania. Há, e é fato, uma crise de crença, provocada, com plena certeza, pela crise de credibilidade dos agentes políticos. É mais ou menos como o lema dos Mosqueteiros, da obra de Alexandre Dumas. Um por todos e todos por um.

Os bons, corretos, pagam pelos maus; uma minoria perverte o que uma maioria pretende construir. Esse estado de coisas se reflete a cada eleição e, por certo, será visível no decorrer de 2012.

O fato é que basta percorrer as ruas das cidades e perguntar. Se o leitor desejar um exemplo, basta se dirigir a uma vila ou bairro próximo e perguntar a qualquer santanense se ele acredita na política e nos políticos. Ouvirá um sonoro não. Explicações e motivos virão a seguir.

A forma tradicional de fazer política, com o tapinha nas costas, a falsidade, os segredos, os paliativos, entre uma infinidade de outros quesitos já faleceu. Há quem insista nela, porém, ou por não conhecer outra forma ou por não querer mudar suas convicções íntimas.

O crer de outrora se transformou na dúvida do passado recente e na descrença do hoje. Houve tempos em que a palavra convencia. Atualmente, não convence mais. A promessa e o compromisso eram suficientes. Hoje, não são.

A cidadania prefere o ato, a prova cabal, documentada. A concretização visual. Essa é a nova formatação da política; válida para o município, como Sant’Ana; para os Estados e para a União. Válida principalmente para os agentes públicos.

A velha política, da era dourada, dos discursos inflamados e das promessas vãs morreu.

A nova política, mesmo cercada de situações de corrupção, locupletação, fraudes e escândalos, busca impor seu ritmo e sua própria efetividade.

A nova política, quando boa, retilínea, provoca a credibilidade; associa-se à realização e, quando todos os elementos em sua cadeia funcionam harmonicamente, reflete em realização positiva para a vida do cidadão.

Quem não perceber essa leitura, que é muito tênue em alguns momentos, poderá não almejar seus objetivos.

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