Levantamento registra ampliação nas vendas de sêmen bovino: 23%

Comercialização do produto registra crescimento constante no período específico

A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) está divulgando o aumento na comercialização de sêmen bovino, segundo levantamento da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia). Os dados apontam que os pecuaristas brasileiros utilizaram 11,9 milhões de doses de sêmen em 2011, ou seja, uma alta de 23,55% em relação a 2010.

A Asbia divulgou os detalhes na última quarta-feira, dia 8. A comercialização de sêmen das raças de corte registrou um crescimento de 26,81%, com a venda de 7,011 milhões de doses. Já as raças de leite subiram de 19,16%, alcançando um total de quase 4,895 milhões doses. De acordo com as informações da Asbia, em torno de 57% do sêmen usado no Brasil é nacional. Os Estados da região Centro-Oeste tiveram maior participação nas vendas de sêmen de gado de corte, com Mato Grosso respondendo por 15,3% do total, seguido de Mato Grosso do Sul, com 13,78% e Goiás, com 11,59%. São Paulo aparece na quarta posição, com 9,4% do total e Minas Gerais em quinto, com 8,59%. Nas vendas de sêmen de gado de leite Minas Gerais lidera, com 27,93% de participação, seguido do Rio Grande do Sul, com 14,88% e Paraná, com 14%.

Entre as principais raças de corte, o crescimento mais acentuado foi do Angus.

Com 53,6% de aumento, foram vendidas 1,8 milhão de doses de sêmen. O Nelore, que tem o maior rebanho do País, continua na liderança, com a venda de 3,017 milhões de doses, alta de 20,81% na comparação com 2010.

Segundo o presidente da Asbia, Lino Rodrigues Filho, “há uma popularização da tecnologia de inseminação artificial. Nos últimos 10 anos, 100% do material nos leilões de elite era inseminado. Então, eu não tive crescimento. Estou tendo crescimento expressivo. Consequentemente, é em função da massa produtora mesmo. A cadeia da pecuária é muito atenta, ela vai incrementar a produtividade e a inseminação, aliada ao manejo e alimentação. Consiste em um vetor de sustentabilidade bastante interessante” – aponta. Apesar disso, o dirigente reclama que o preço do sêmen está baixo e não acompanha o aumento da demanda. Segundo Rodrigues, a dose deveria custar, pelo menos, R$ 15,00. Hoje, varia entre R$ 10,00 e R$ 12,00. Ele acredita, entretanto, em valorização e diz esperar que o mercado mantenha o ritmo de crescimento.

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