“Ô, ô,ô, o carnaval acabou”. Grito dos policiais militares baianos em greve

OS PEDÁGIOS GAÚCHOS

Os contratos de privatização de algumas das principais rodovias gaúchas terminam em 2013 e as negociações para a renovação dos mesmos estão em andamento. Paralelamente aos encontros entre governo e concessionários, a Associação dos Usuários de Rodovias Concedidas movimenta-se na área política para pressionar as autoridades a não prorrogarem as concessões.

A questão dos pedágios no RS deixou de ser apenas um caso de gestão das rodovias para se transformar numa grande discussão que vai da ideologia ao preço pago nas praças arrecadadoras. Foram as rodovias pedagiadas que proporcionaram aos motoristas gaúchos a oportunidade de uma atualização em matéria de serviços que podem ser prestados ao longo de uma viagem.

Qualquer motorista que trafegue numa rodovia estadual conhece as diferenças do atual sistema de pedágio: o privado (mais caro) e o comunitário (mais barato). Como em tudo o que é pago, o pedágio mais caro é incomparavelmente melhor e mais eficiente do que o mais barato que nada oferece ao motorista.

Apenas um exemplo mostra as diferenças: se você estiver trafegando numa rodovia com pedágio privado e sofrer um acidente, basta uma comunicação via celular que o socorro chega em breve, e dependendo da gravidade, até mesmo com ambulância. No chamado pedágio comunitário, o motorista ficará entregue à própria sorte, sem saber para quem pedir auxílio.

Mais do que o exemplo acima, os pedágios comunitários estão sob investigação e recentemente foi descoberta uma fraude na praça de Portão. E era uma falcatrua das grossas, tanto que ela consta do relatório da Comissão Processante da PGE. Não há nada, no entanto, em desabono aos pedágios privados, a não ser a reclamação pelos preços das tarifas que são fixadas em cálculos aprovados pelo governo gaúcho.

Estamos em ano eleitoral e tudo é possível. Caso não seja resolvida essa questão – prorrogação ou novos modelos de concessão – até 2013, as atuais rodovias pedagiadas ficarão abandonadas ou serão retomadas pelo governo que, como se sabe, definitivamente, não tem competência para gerenciá-las. E aí quem reclamava das tarifas, vai reclamar dos buracos.

NOMES NO COFRE (1)

Os nomes de dezessete pessoas apontados na Comissão Processante que investigou irregularidades no DAER continuam protegidos e agora a disputada lista se encontra no cofre da presidência da Assembléia Legislativa.

 

NOMES NO COFRE (2)

Os deputados querem conhecer a tal lista (mas quem não quer?) e todos terão direito a vê-la sem a possibilidade de obtenção de uma cópia. O governo estadual já entregou uma cópia ao Ministério Público que ficará com a responsabilidade de divulgá-la, ou não.

NOMES NO COFRE (2)

O secretário de Infraestrutura e Logística Beto Albuquerque tem repetidamente avisado que quem divulgar os nomes dos servidores poderá estar incorrendo no crime de difamação. Mas há uma dúvida a respeito: e se um deputado, da tribuna, fizer a denúncia nominando os servidores apontados no relatório? Não estaria protegido pela imunidade parlamentar?

MAIS CONFUSÃO

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) baixou uma medida cautelar determinandfo que o DAER corrija falhas na execução dos serviços previstos no Programa O Estado na Estrada , encerrando os contratos firmados no governo de Yeda Crusius.

FALTOU FISCALIZAÇÃO?

Conforme o TCE, houve o pagamento irregular de obras não executadas, de serviços não cobertos pelos contratos e de obras com qualidade deficiente. A constatação do TCE vem ao encontro do que foi apurado pela Comissão Processante da PGE: o DAER não tem fiscais para conferir todas as obras e alguns sequer tem habilitação para esse serviço.

PESQUISA

Conforme o site Espaço Vital, pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas sobre a confiança da população em suas instituição, o Poder Judiciário teve 67% de desaprovação, ficando atrás das Forças Armadas, Igreja Católica, Ministério Público, grandes empresas e imprensa escrita.

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