“O PSDB leva no bolso; o DEM leva na meia; o PT leva na cueca: e o povo leva no mesmo lugar de sempre”. Frase que circula na Internet

DEPUTADO NO BAFÔMETRO

O deputado federal Gladson de Lima Cameli (PP-AC) caiu numa blitz de trânsito, em Brasília, na madrugada de terça-feira, e o teste do bafômetro apontou 1,14 miligrama de álcool, indicativo de embriaguez ao volante.

Levado a uma delegacia, Cameli identificou-se como deputado federal e a infração limitou-se a um boletim de ocorrência que já foi encaminhado à Câmara dos Deputados e ao STF para dar formalidade a um eventual inquérito.

Na prática, o deputado foi apenas multado, levando sete pontos na carteira. Caso o infrator fosse um cidadão comum teria sua habilitação apreendida, ficaria proibido de dirigir por um ano e ainda poderia ser preso em flagrante se não pagasse uma fiança arbitrada pelo delegado de plantão.

Aqui no Brasil é diferente. A imunidade parlamentar é colete à prova da lei para quem tem mandato com o poder de metamorfose, ou seja, a imunidade, dependendo da ocasião, transforma-se em impunidade.

Em países civilizados, quando um figurão político é flagrado em algum crime ou mesmo num escândalo a sua punição torna-se exemplar. É aí que funciona a lei com toda a sua força constitucional que legitima o processo democrático.

Caberia a Câmara dos Deputados abrir um processo na Comissão de Ética e levar adiante algum tipo de punição ao parlamentar acreano. Mas quem disse que dirigir embriagado atinge o decoro parlamentar? Os próximos dias mostrarão o quanto isso é verdade, ou não.

BEBI, BEBI, BEBI (1)

Elisson Alain Miranda, 43 anos, já foi pego quatro vezes dirigindo embriagado, em Belo Horizonte. Famoso por ter postado na internet o bordão “bebi, bebi, bebi” vai concorrer a vereador em outubro próximo.

BEBI,BEBI, BEBI (2)

Ele garante que parou de beber no ano passado, um mês depois de ser autuado na quarta vez. Elisson filiou-se ao PRTB e quer aproveitar a sua ascensão ao mundo das subcelebridades para disputar uma vaga na Câmara de Vereadores da capital mineira. Desde que deixou de beber, ele tem participado de campanhas de conscientização contra o álcool ao volante.

LEI SECA (1)

O ministro da Justiça José Eduardo Cardozo está confiante na modificação da Lei Seca (nº 11.705/2008) e negocia com o Senado e a Câmara um aumento substancial nas multas para quem dirige embriagado, além da dispensa do teste de bafômetro para a comprovação de embriaguez.

LEI SECA (2)

Conforme o ministro Cardozo, a idéia é que todas as provas admitidas pelo Direito possam ser usadas contra o infrator, como testemunhas e filmagens por câmaras de segurança, de modo que a lógica da Lei Seca seja invertida e o próprio acusado passe a ter o interesse de se submeter ao teste para escapar da cadeia.

LEI SECA (3)

Atualmente, de acordo com a Constituição, ninguém pode ser obrigado a produzir provas contra si próprio, o que faz com que o teste do bafômetro seja recusado por algum motorista que tenha bebido. A nova lei vai acabar com essa falha e com a impunidade vigente.

BOLA DA VEZ

Tudo indica que nesta quarta-feira o atual ministro das Cidades, Mario Negromonte, seja “convidado” a pedir demissão. A decisão está com Dilma Rousseff, mas a saída de Negromonte já foi acertada até mesmo com o PP, partido que tem na sua cota o Ministério das Cidades.uma bancada federal de 27 deputados.

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