Histórico do déficit hídrico na Metade Sul Estado e tendências climáticas

No Rio Grande do Sul, nas latitudes superiores a 30º, as precipitações normais são inferiores a 1.500 mm. Na Campanha, a precipitação normal anual é 1.300 mm (INMET, 2010). A distribuição da precipitação nessa região ao longo das estações do ano é de 25% no verão, 21% no outono, 29% no inverno e 25% na primavera, sendo abril (83,3 mm) e maio (87,5 mm) os dois meses de menor precipitação e julho (136,0 mm) o mês de maior precipitação normal (INMET, 2010).

A deficiência hídrica é maior nos meses de verão, porque as precipitações normais são insuficientes para suprir a necessidade das pastagens e dos cultivos devido à maior demanda evaporativa da atmosfera. No momento, está ocorrendo o La Niña, que é um fenômeno oceânico-atmosférico que ocorre nas águas do Oceano Pacífico. O La Niña é caracterizado pelo resfriamento do oceano, causando interferência em diversas regiões do mundo. A baixa umidade, acompanhada de temperaturas altas, constitui condição desfavorável ao desenvolvimento e sobrevivência de parasitos, como as verminoses e ectoparasitoses. Em períodos de estiagem prolongada, a tendência é que ocorra a diminuição da contaminação dos campos, podendo ser observada como consequência a redução da carga parasitária animal. O retorno das chuvas e aumento da umidade acelera o desenvolvimento dos parasitos, aumentando a possibilidade de ocorrência de surtos. A redução da qualidade e oferta de alimento e água para os animais no campo diminui a resistência natural ao parasitismo, agravando ainda mais o risco de surtos. Nessas situações, o acompanhamento do estado geral dos animais deve ser intensificado.

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