“Na minha casa quem cuida da limpeza sou eu”. Carlos Lupi, ministro do Trabalho, sem medo da faxina presidencial em ministérios sob suspeição de corrupção

O ÔNIBUS INTERMUNICIPAL

Nosso estado tem, seguramente, o melhor serviço intermunicipal de ônibus. Quase todas as empresas são familiares e não há um conglomerado com milhares de coletivos como em outros estados. As empresas gaúchas cresceram e se modernizaram ao longo de muitos anos, aumentando seu patrimônio com investimentos próprios e, podem acreditar, com muito sacrifício por parte de seus proprietários.

Hoje são empresas sólidas, com veículos confortáveis cujo preço médio de cada ônibus anda em torno de R$ 500 mil. Para se ter uma idéia de como oferecem seus serviços, basta que se diga que as confusões diárias em nossos aeroportos (na verdade, campos de aviação com lojinhas de conveniência) não se verificam nas rodoviárias do RS.

Os ônibus das transportadoras de passageiros em nosso estado saem no horário – lotados ou não, com passageiros que viajam gratuitamente, mesmo sendo os únicos ocupantes do coletivo – e nos dias especiais com feriadões, lá estão os empresários oferecendo mais lugares em veículos extras.

Pois, agora, já se fala nas esferas oficiais do setor que haverá licitações para as atuais e outras novas linhas intermunicipais de ônibus. Alega-se que o Daer não faz licitações há 20 anos. Mas a pergunta torna-se óbvia: não faz por quê? A resposta segue na mesma linha: não faz porque o serviço atual atende o que determina a lei.

Se o governo abrir licitação para as linhas intermunicipais quem irá se interessar a não ser empresas de fora do estado, sem qualquer identificação com milhões de passageiros transportados todos os anos pelas empresas gaúchas?

Por que surge essa proposta muito estranha de licitação para um segmento que funciona muito bem sob a orientação de empresários gaúchos e de onde as reclamações são mínimas? Quais os interesses que estariam movendo o Daer a promover um clima de apreensão nas atuais empresas de transporte intermunicipal de passageiros?

Será que os técnicos do Daer sabem o significado da abertura de licitação no funcionamento das empresas? Qual o empresário que irá comprar novos ônibus enquanto a licitação se desenvolver? Quem vai se arriscar a fazer encomendas junto a Marcopolo (e outras montadoras) sem saber se a linha que explora irá continuar em seu nome?

O governo estadual que tem procurado dialogar com todos os segmentos empresariais do RS, num esforço elogiável para a manutenção de um sistema econômico que vise um controle gaúcho identificado com o nosso desenvolvimento, não deveria intervir onde sua presença é de apenas manter a qualidade e a fiscalização.

A FORÇA DOS ÍNDIOS (1)

A Justiça Federal mandou desocupar a BR 386, na área do município de Estrela, invadida por índios da etnia caingangue. A interrupção da BR 386 tem causado prejuízos aos seus usuários que se obrigam a tomar um atalho por outras rodovias.

A FORÇA DOS ÍNDIOS (2)

A decisão foi nesta quinta-feira, mas como não houve a requisição de força policial para a desocupação da rodovia, os índios continuam no local. Como são pessoas especiais e protegidas por legislação também especial, a decisão da Justiça Federal não surtiu efeito, por enquanto.

TRILHA SONORA

O caso em si é surpreendente. Milhares de cidadãos estão impedidos de circular com seus veículos na área sob controle dos índios. A trilha sonora do episódio poderia ser de Rita Lee (“um dia eu quero ser índio”) ou de Jorge Benjor (“todo dia é dia de índio”). Nossos primeiros habitantes de Pindorama deveriam ser mais compreensíveis com seus irmãos brancos que trabalham, produzem e precisam da BR 386 desimpédida.

CORREIOS (1)

O ouvinte da Rádio Guaíba, Moacir José Zanini, morador na França, manda mensagem dizendo o futuro dos Correios do Brasil será semelhante ao existente em países do Primeiro Mundo.

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