A organização começa em casa
Há quem diga que o caos é o motor da organização da vida em sociedade. Leis, regras, normas, saberes, convenções: sentidos não faltam para colocarmos ordem no cotidiano. Imagine se vivêssemos sem as leis de trânsito… Seria o legítimo caos, isto é, a desorganização em sua expressão máxima, ou seja, confusão. Por isso, dispomos de códigos que orientam nossas ações, e como eles são importantes. No entanto, os processos de organização da vida também passam por questões como planejamento e estratégia.
Como mostra matéria da página oito (8) desta edição de A Plateia, há todo um roteiro que é seguido pela empresa responsável pela coleta de lixo em Sant’Ana do Livramento. Às segundas, quartas e sextas-feiras os caminhões são direcionados do centro da cidade para determinado lado da mesma; terças, quintas e sábados ficam voltados para outra parte do perímetro urbano santanense. Não fosse assim, como seria a coleta? Com certeza desorganizada.
A organização, princípio fundamental para qualquer trabalhador, deve começar em casa. Devemos mudar nossa consciência a respeito da própria coleta de lixo. Ainda que ele seja enviado para um aterro público em São Gabriel, podemos contribuir tanto com os catadores, quanto com os coletores que andam pelos caminhões da empresa de coleta pela cidade. Nossa contribuição começa com a organização dos resíduos em casa. Plásticos de um lado, metais do outro, orgânicos aqui, inorgânicos acolá. Não é tão difícil quanto parece. Misturar tudo significa desorganização, não é verdade?
No caos, que “organiza tudo”, a missão deve ser a de facilitar as coisas. De nada adianta demorar 10 minutos no banho e misturar a embalagem do leite em caixa no mesmo saco dos restos de comida, se podíamos economizar água pela metade no banho e com a metade desta água economizada lavar a caixinha do leite ou mesmo o copo do iogurte. Organização é tudo, e ela começa em casa. Não vamos aplaudir a organização da coleta de lixo, se não olharmos para dentro de nossos lares para enxergar que, muitas vezes, não damos o exemplo visto pelas ruas da cidade.
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