Governo do Estado divulga novo levantamento sobre o impacto da estiagem na safra de verão

Rio Grande do Sul recebeu verba de R$ 10 milhões para ações de emergência contra estiagem

A Emater/RS-Ascar e as secretarias de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) e de Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa) divulgaram, ontem (12), o levantamento do impacto causado pela estiagem nas lavouras de grãos de verão do Rio Grande do Sul. Dados coletados pelos técnicos da Emater/RS-Ascar, até o dia 9 de janeiro, apontam para uma redução de 37,5% na produção total de milho no Estado, de 14,9% para a soja e 6,2% para o arroz em relação à estimativa inicial, calculada a partir da média histórica dos últimos dez anos.

Entre os principais grãos de verão, apenas o feijão manteve-se estável, apresentando, inclusive, aumento de 0,83% em relação à previsão inicial. Considerando-se o preço pago ao produtor pela saca dos referidos grãos no dia 11 de janeiro, as perdas identificadas representam um prejuízo de R$ 2,2 bilhões para a economia do Rio Grande do Sul.

A pesquisa abrangeu 95% da área de milho cultivada no Rio Grande do Sul, 94% da área de soja, 83% de arroz e 76% de feijão. O secretário de Desenvolvimento Rural, Ivar Pavan, reforçou que os dados divulgados hoje dizem respeito às perdas já consolidadas, portanto, não podem ser revertidos. “Mas se as chuvas se normalizarem a partir de agora, estes danos podem cessar”, avaliou.

O presidente interino da Emater/RS, Gervásio Paulus, destacou, ainda, que a estiagem não pode ser considerada um evento generalizado, já que não alcança todas as regiões do Rio Grande do Sul. “Ela (estiagem) atinge não apenas de forma desigual o Estado. Dentro de uma mesma região, as chuvas têm chegado mais em alguns municípios do que em outros”, explicou o diretor.

O secretário de Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, falou sobre as ações do Governo para apoiar o agricultor, de forma que este esteja cada vez mais preparado para enfrentar os períodos de escassez de água. “O Governo, evidentemente, está preocupado com a situação. Estamos discutindo internamente e com as cadeias produtivas mais prejudicadas medidas e programas para estarmos cada vez mais preparados para enfrentar este problema”, avaliou Mainardi.

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