Professora da Urcamp Livramento conclui mestrado sobre Inclusão Digital no Uruguai

A investigação procurou identificar novas formas culturais emergentes, analisandoo uso de computadores portáteis nas escolas uruguaias

Márcia Maciel (d) ao lado dos professores Iara (e) e Franco, realizou estudos etnográfico da cidade de Rivera

“Redes Sociais em contextos sócio-educativos: Os Caminhos do Plan Ceibal” foi o tema de mestrado em educação na área de informática, realizado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), pela professora do curso de Informática da Urcamp Livramento, Márcia Maciel.

O trabalho tratou do processo de inclusão digital fora da escola, configurado a partir da implantação de um plano de inclusão digital adotado pelo governo uruguaio. No Uruguai, foram distribuídos computadores para todos os alunos de escolas públicas de 1º ao 6º ano do ensino primário.

A distribuição iniciou em 2007, e foi finalizada em 2010, tendo sua continuidade em 2011, com o início da distribuição de computadores também para o ensino secundário.

Márcia realizou estudo etnográfico/netnográfico na cidade de Rivera (Uruguai), e observou espaços da vida real com espaços virtuais de utilização da tecnologia oferecida pelo projeto Ceibal. O estudo ocorreu de janeiro a agosto de 2011.

“A investigação procurou identificar novas formas culturais emergentes, analisando o uso destes computadores portáteis fora do espaço escolar, através do estudo etnográfico. Com isso, identificamos, ainda, os possíveis espaços de utilização destes computadores pelos alunos na comunidade, sendo que esses dados apontam para mudanças em práticas culturais”, esclarece a professora que concluiu mestrado na Ufrgs no ano passado.

Já no estudo netnográfico, procurou entender os tipos de interações que estes alunos estabeleciam no âmbito da Internet. A professora explica que considerou a existência de um complexo relacionamento entre o uso das tecnologias e as estruturas sociais, evidenciando uma pesquisa com viés sócio-histórico, que direciona o olhar para o que fazem as pessoas com as tecnologias na construção de zonas de sentidos e não apenas para as possibilidades pedagógicas da tecnologia.

” O Uruguai foi o primeiro país da América Latina a realizar a inclusão dogotal, distribuindo computadores, onde é permitido que crianças, em idade escolar, de 6 a 15 anos, levem os computadores para casa, conseguindo atingir a totalidade dos alunos”, destaca a pesquisadora, que observou durante 8 meses o uso dos computadores fora da escola.

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