“Se não houver umidade no solo, o agricultor não vai ter como plantar o milho e, aí, os prejuízos serão maiores.” Ademir Santin, secretário da Agricultura de Santa Cruz do Sul

SECA E IRRIGAÇÃO – DÚVIDAS

Ruy Armando Gessinger, advogado e desembargador aposentado, também é produtor rural no município de Unistalda e como todos os seus colegas enfrenta uma terrível estiagem na sua propriedade. É dele a observação abaixo sobre irrigação e seus problemas de implantação aqui no Estado.

“Já lá vão quase 16 anos que me meti, que nem piolho em costura, no agronegócio. Desses anos, só uns quatro não foram de seca mais ou menos grave. Numa, cheguei a falar com o Érico da Silva Ribeiro, em Pelotas,para levar todo meu gado em carretas para lá, a fim de que não morresse de sede e fome. Faltando uma semana para o transporte de 400kms, choveu.

É o seguinte: na região Centro-Oeste boa parte dos campos têm afloramento basáltico e não se presta , de maneira boa, para aagricultura. São mais ou menos bons para o pastoreio nativo. Algunsdesses campos são dobrados e cortados por pequenas sangas.

Agora vamos ao nosso caso. Minhas invernadas são todas de mais ou menos 100 ha.

Cada uma tem um ou dois açudes.Atormentado pelas constantes secas, planejei um enorme açude que seria a última salvação quando os outros secassem. Pois ele nunca encheu, em 5 anos. Nunca . E é o primeiro que seca ante o sol inclemente e o “vento da fome” que é o vento leste.

Irrigação? mas como, se é preciso que os açudes encham no inverno e às vezes nem no inverno chove? Irrigação por gravidade não dá. É preciso que os pivôs funcionam por

eletricidade. Quanto custa tudo isso?

Fiz um cálculo. Pelo preço que está o quilo de boi, a gente paga os insumos, paga a folha, mas não pode dar nenhuma zebra para sobrar um pouco.

Eu mesmo só pude fazer todo aquele alarido técnico e coisa e tal em Unistalda por causa do dinheiro que ganhava no escritório. Essa é a verdade real do meu milagre.

Acho que irrigação é importante: vejam o caso de Israel. Mas não nos acusem de desidiosos por não a termos. A maioria não tem capital para irrigar suas terras.

Você poderá perguntar: mas como é que fulano irrigou 400 hectares etc.?

Se forem de campo macio e houver consorciação soja e gado, tudo bem. Mas campos de pedra…”

CRACOLÂNDIA EM SP (1)

Sete dias após o início da operação para retomada da Cracolândia, batizada de Centro Legal, a Polícia Militar já deteve 48 pessoas no Centro de São Paulo. Entre elas, 25 eram condenados foragidos. Segundo relatório da PM, divulgado na manhã desta segunda-feira, 1.780 pessoas foram abordadas.

CRACOLÂNDIA EM SP (2)

Desde a última terça-feira da semana passada, informa a PM, 25 dependentes químicos foram encaminhados para internação, um foi levado para um albergue municipal, nove para hospitais e 27 para serviços de saúde. De acordo com boletim, os assistentes sociais fizeram 560 abordagens e o agente de saúde efetuaram 601 abordagens. Mais de 42 toneladas de lixo foram retiradas da região.

INCENTIVO À CULTURA (1)

Uma medida do Palácio Piratini poderá provocar a diminuição de verbas empresariais para projetos culturais. A Lei de Incentivo à Cultura (LIC) permitia o abatimento de 95% do ICMS às empresas que destinavam recursos ao desenvolvimento artístico gaúcho.

INCENTIVO À CULTURA (2)

O projeto do governo gaúcho vai reduzir o incentivo para 75% o que resultará em menos verbas para os eventos que sempre contaram com recursos generosos do empresariado gaúcho.

A IRONIA

Praticamente todo o mundo artístico gaúcho que se beneficiava com os incentivos fiscais votou em Tarso Genro, elegendo-o como o grande protetor da cultura de nosso Estado. As razões para a redução da taxa do ICMS devem ser de extrema relevância.

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