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O MAGISTÉRIO E GOVERNO

O Cpers está furioso com o governador Tarso Genro. A única novidade nessa fúria é que o Cpers mandou seus associados e toda a classe dos professores votarem no atual governador. No mais, todos os governadores que passaram pelo Palácio Piratini, desde 1979 – Amaral de Souza, Jair Soares, Pedro Simon, Alceu Collares, Antonio Britto, Olívio Dutra, Germano Rigotto, Yeda Crusius e, agora, Tarso Genro – enfrentaram greves da categoria, todas elas por melhores salários.

A discussão é sempre a mesma por que a argumentação dos governadores jamais deixou de ser igual: não há dinheiro para pagar o que o magistério reivindica. A folha de pagamento dos professores é muito alta. Deve estar passando dos R$ 4 bilhões/ano e já atingiu a uma proporção alarmante: há mais professores aposentados que nas salas de aulas. Logo, a questão magistério x governo é estrutural e não um problema a mais para Tarso Genro.

Os professores que votaram em Tarso acusam o governador de ter prometido resolver a questão salarial da classe. Mas todos os governadores eleitos a partir de 1982 (Jair Soares, o primeiro deles) também prometeram o mesmo que Tarso e nenhum deles conseguiu cumprir as promessas de campanha.

Então, o Cpers sabe o quanto é difícil atender a todas as reivindicações sem que se reforme o superado Estatuto do Magistério, criado nos anos 70, no governo de Euclides Triches. O EM com 40 anos de existência deu ao magistério os primeiros direitos – justos e esperados – mas hoje se transformou num conjunto legal com excesso de privilégios incompatíveis com os deveres do Estado em oferecer educação aos gaúchos.

Eis que, agora, o governo estadual vai abrir concurso para a contratação de 10 mil novos professores e no seu edital está os valores dos salários a serem pagos aos aprovados. Portanto, ninguém será contratado sem saber o que vai ganhar no fim do mês. Aliás, é sempre assim. O professor que assina um contrato de trabalho tem consciência que não vai enriquecer e que, muitas vezes, o vencimento pode até ser humilhante.

Os cidadãos que apóiam a nobre função dos professores e até são solidários com eles não entendem por que tanto protesto pelos baixos oferecidos, ao mesmo tempo em que perto de 100 mil candidatos irão disputar as 10 mil vagas. Ora, um emprego oferecido não pode ser tão ruim assim, quando há uma vaga para cada grupo de 10 candidatos.

SERRA PELADA (1)

A mineração de ouro em Serra Pelada, no Pará, começou em 1980 e até hoje as imagens dos garimpeiros escalando as paredes de barro da mina a céu aberto são assustadoras e correram o mundo.

SERRA PELADA (2)

Quando funcionava 24 horas por dia, 80 mil garimpeiros trabalhavam na extração do outro ali existente e o então ministro da Fazenda, Ernane Galveas, chegou a dizer que o minério de Serra Pelada daria para amortizar a dívida externa brasileira.

SERRA PELADA (3)

Era tanto ouro que a Caixa Federal abriu uma agência em Serra Pelada para comprar toda a produção que chegou a 40 toneladas, oficialmente. Outro tanto foi vendido clandestinamente sem qualquer controle do governo.

SERRA PELADA (4)

A operação extrativa durou 20 anos. Muitos enriqueceram, mas maioria dos garimpeiros voltou a ter a mesma vida miserável que tinha antes da aventura do garimpo no Pará. Ficou apenas uma cooperativa com 38 mil associados que volta a ter alguma esperança com a reabertura da mina.

SERRA PELADA (5)

A companhia de mineração canadense Colossus Minerals Inc está se associando à Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada, depois de conseguiir e liberação do Governo Federal para a exploração de uma área de 100 hectares, onde calcula-se a existência de 50 toneladas do minério.

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