“Ai, se eu te pego!”

É inegável o sucesso brasileiro com uma popular e simples letra cantada por Michel Teló – ex-vocalista de um grupo de músicas gauchescas. O refrão com a maliciosa (?) conotação erótica associada aos gestos são repetidos até na internet. Não é o primeiro e, por certo, não será o último. Lembre-se É o Tcham e a dança na boca da garrafa, entre muitos outros antes dele.

Alguém – e não interessa quem -, em algum lugar do tempo pretérito, afirmou que o Brasil não é um país sério. Não necessariamente com essas palavras, mas com essa conotação.

De fato. É a imagem que passa. Os Luans, Telós, de um lado; os intelectualóides de outro; enfim… Gostar ou não é opção, respeitar é obrigação.

Mas não é pela manifestação artística que o Brasil tem uma imagem de país pouco sério ou seu povo deixa transparecer isso. Não é por causa dos Telós, Luans, Tchans, Tiriricas da vida.

Se Tiririca é o reflexo da manifestação popular em protesto, fica evidente que há descontentamento pleno com os detentores da mandato eletivo. “Os políticos” sobrevivem ou vivem de cargos alcançados pelo voto ou funções indicadas por quem conseguiu ser eleito. Em que pese o entendimento linear, lógico e racional, de que política é uma essência do relacionamento, pois todo o ser humano é político, o problema está em quem exerce a política de corrupção, da vigarice, da picaretagem, da ladroagem. Ou melhor, na continuidade desses referenciais da inversão de regra nacional na ocupação de cargos e funções públicas, em detrimento dos honestos. Minoria prejudicando uma maioria desinteressada e, em alguns pontos omissa, que, certamente, em muitos momentos, terá pronunciado a frase título deste Editorial, que é um trecho da música de Teló, porém, com conotação, objetivo, expressão e completamente diferentes.

Marcados por sobrancelhas franzidas pela ira e dentes apertados pela raiva.

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