Leitura de aniversário
A última semana de 2011 inicia com o mais prestigiado de todos os aniversários para a cristandade. Jesus de Nazaré é a figura central do cristianismo. Para a maioria dos cristãos, Jesus é Cristo, a encarnação de Deus e o Filho de Deus, que teria sido enviado à Terra para salvar a humanidade. Acreditam que foi crucificado, morto e sepultado, desceu à mansão dos mortos e ressuscitou no terceiro dia (na Páscoa). Para os adeptos do islamismo, Jesus é conhecido no idioma árabe como Isa, Ibn Maryam (“Jesus, filho de Maria”). Os muçulmanos tratam-no como um grande profeta e aguardam seu retorno antes do Juízo Final. Alguns segmentos do judaísmo o consideram um profeta, outros um apóstata. Os quatro evangelhos canónicos são a principal fonte de informação sobre Jesus. Embora tenha pregado apenas em regiões próximas de onde nasceu, a província romana da Judeia, sua influência difundiu-se enormemente ao longo dos séculos após a sua morte.
Muito mais há, sob o ponto de vista da crença e da fé, para falar sobre Jesus, assim como sua trajetória e as celebrações que envolvem o Cristianismo, porém, não é este o ponto. A mensagem, independentemente do credo ou opção religiosa de cada um, é multifocada. Pode parecer ingênuo, mas o ser humano parece não lembrar do básico em termos de conduta, caráter e procedimento, seja em relação a seu semelhante ou no que tange a comportamentos. Prova disso são os fatos, atitudes e decisões consideradas reprováveis do ponto de vista moral, ético e social cometidos a cada instante. Deixando de lado o purismo que poderia ser pretendido, independente de fé ou credo, o ser humano é provido do livre arbítrio, bem como é responsável pelo que faz, diz e pensa.
Sob esse ponto de vista, Natal, como celebração do nascimento remete à religiosidade, fé, crença, convicção, mas, ao mesmo tempo também indica surgimento de vida e, sendo o ser humano reciclável – quando deseja ser – estimula-se, ano a ano, neste período, todos à reflexão. Entretanto, parece que as reflexões não têm surtido efeito, pois, do contrário, aquilo que entende-se como reprovável, mau e não condizente, teria encontrado fim ou mesmo, sob análise mais específica, registrado redução (negócios ilícitos, corrupção, guerras, mentira, engodos, infidelidade, etc.) Talvez a maior mensagem de Jesus Cristo tenha sido o sacrifício, ou seja, oferecer o que há de mais precioso, o sopro da vida, para evitar a punição de seus iguais. Outro entendimento é de que a mensagem mais significativa seja a própria trajetória e palavras do Nazareno.
São questões de entendimeto e opinião, respeitáveis. Há, em associação, um outro elemento. A paz, no sentido de fomento ao amor e à confraternização entre os iguais, com harmonização entre os diferentes. Essa é uma lição importante, dada suas múltiplas possibilidades de interpretação.
Interpretação, como a fé, é possível conceituar: cada um tem a sua, da mesma forma que consciência e convicção. Portanto, o importante, nesse período de celebração, é agregar tais valores e fazer uso profícuo deles, pelo bem da humanidade.
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