Celebrando a vida
Período de festas. Em um mesmo dia, cinco acidentes de trânsito registrados em Sant’Ana do Livramento. Ocorreram ontem e os motivos são diversos, desde o afã provocado pelos mais diversos e diferentes sentimentos e emoções, passando pela imprudência, imperícia até fenômenos climáticos como a aquaplanagem.
O fato é que, neste período, tanto pedestres devem aumentar os cuidados ao circularem pelas vias públicas, quanto condutores de veículos precisam ser conscientizados a respeito daquilo que é básico: desde a correta manutenção do veículo, a revisão e a constatação de bom estado de peças e acessórios, passando pela coerência em não ingerir bebidas alcóolicas ou quaisquer outras substâncias que possam alterar o estado de consciência.
Na teoria é muito bom, mas na prática, infelizmente, ainda não se registra coerência suficiente para chegar-se a tanto.
Se o Natal é a celebração máxima do Cristianismo, o nascimento de Cristo, também pode ser qualificado como essencialmente a celebração da vida e, nesse sentido, é que deve permanecer o alerta aos condutores de veículos, pedestres e familiares. É preciso comemorar, sim, dentro de parâmetros muito peculiares, mas com a responsabilidade de quem deseja preservar a vida, celebrar a vida, já que, como é sabido e notório, é muito tênue a linha que divide vida e morte, e basta uma fração de segundo para passar de um a outro estágio – que, diga-se de passagem, não permite reversão. É necessária essa conscientização, esse chamamento, pois, além dos danos que a pessoa pode causar a si própria e aos seus, poderá também ser o motivo de transtornos e tristezas a outrem, seus semelhantes, os quais não merecem pagar o preço pela irresponsabilidade de terceiros. Da mesma forma, a liberdade de um deve terminar onde começa a de outro, portanto, que esse período prévio ao Natal seja de conscientização e responsabilidade, a fim de que em vez de chorar a morte e lamentar prejuízos de ordem material, seja feita uma legítima e saudável celebração à vida.
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