Desacerto com empresa muda projeto do primeiro ArteShop

Festival Regional de Artesanato e Economia Solidária será realizado no Largo Hugolino Andrade

Um desacerto entre a Associação Gaúcha dos Artesãos do Sul (Agasul) e a empresa contratada para locação e montagem de estandes para o I ArteShop – Festival Regional de Artesanato e Economia Solidária, que será realizada a partir de hoje em Livramento, quase comprometeu o evento. Segundo o presidente da Agasul, Jorge Elesbão, o material que a empresa, com sede em Canoas, mandou para Livramento não corresponde ao que havia sido solicitado pela entidade na contratação do equipamento para a feira.

A Agasul recebeu um apoio no valor de R$ 95 mil para o custeio da feira. “Contratamos uma estrutura coberta em tamanho de 15 metros de largura por 50 metros de comprimento, com dois acessos e organizada em vários espaços internos para exposição e venda de produtos. O que foi combinado era um material de primeiríssima qualidade, inclusive com forração no piso, mas não é esse material que veio para cá”, lamentou Elesbão. O material que chegou a Livramento no sábado é para uma área de 10 metros de largura por 45 metros de comprimento, e não tem a cobertura pretendida pela Agasul.

“Além de ser uma estrutura menor, que não ficaria toda coberta, é um material que apresenta vários problemas, até mesmo de qualidade visual, que não podemos apresentar para a nossa comunidade e para os visitantes, montado em pleno coração da nossa cidade”, avaliou Elesbão. Ele fez questão de mostrar à imprensa parte das lonas que seriam utilizadas nas tendas, algumas delas em péssimas condições de conservação. Elesbão não permitiu que os funcionários da empresa montassem a estrutura e entrou em contato com a responsável, a quem pediu o cumprimento dos termos contratados, o que foi negado pela empresa.

“Nós não podemos receber uma verba de R$ 95 mil dos Cofres Públicos e apresentar um produto de qualidade inferior. É uma questão de responsabilidade. Preferimos então mudar o projeto do evento”, explicou o artesão. Segundo ele, a Agasul não vai utilizar os R$ 95 mil repassados pelo Governo do Estado para a realização da feira. Além de não utilizar os recursos, segundo o Presidente da Agasul, a entidade também buscou uma alternativa para garantir aos artesãos locais a possibilidade de difundir e vender seu trabalho na semana que antece o Natal.

A ideia é utilizar os estandes tradicionais da Fundação Gaúcha do Trabalho, que possuem boa qualidade, para garantir a presença da Feira de Artesanato no Largo Hugolino Andrade, como uma boa opção de compras de presentes para o Natal. A feira natalina deve ser montada a partir de hoje no Largo.

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